Avaliação do estado quiescente de células de leucemia promielocítica aguda na exposição ao lítio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Borre, Cristiane Ines
Orientador(a): Pranke, Patricia Helena Lucas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/180229
Resumo: Introdução: A leucemia promielocítica aguda (LPA), um subtipo da leucemia mieloide aguda (LMA), caracterizada pela translocação t15;t17, é uma desordem hematológica que responde bem à terapia de diferenciação promovida pelo ácido all trans-retinóico (ATRA). Entretanto, seus casos ainda refletem um alto índice de recidiva após o tratamento. A quiescência celular é um enfoque interessante na análise de falhas terapêuticas a longo prazo, visto que os tratamentos não exaurem as células sem atividade cíclica. Nesse contexto, estudamos o papel do lítio na ativação do ciclo celular em uma linhagem de células de leucemia promielocítica aguda. Objetivos: Avaliar a atenuação de um estágio quiescente de células leucêmicas na exposição ao lítio, analisando o ciclo celular e metilação do DNA durante a exposição ao lítio, bem como, verificar a viabilidade de um tratamento das células com lítio, concomitante ao tratamento ATRA. Método: Células leucêmicas NB4 e NB4R2 foram submetidas ao tratamento com lítio e ATRA. As alterações da atividade metabólica das células, viabilidade, ciclo celular, side population, metilação do DNA total, bem como, análise da diferenciação granulocítica foram analisadas durante e após os tratamentos propostos Resultados: Na dosagem de 10mM o lítio não causou alteração na atividade metabólica das células NB4, entretanto, nas células NB4R2 o lítio se mostrou citotóxico. O lítio causou o deslocamento de ciclo celular, redução de células imaturas quiescentes, bem como hipometilação gradual e progressiva no DNA de células NB4. A diferenciação granulocítica foi aumentada quando as células NB4 foram tratadas com lítio e ATRA, concomitantemente. Conclusão: O lítio promoveu um arraste no ciclo celular, atenuando o estágio não cíclico de células leucêmicas, possivelmente relacionado com a hipometilação do DNA promovida com o tratamento. O uso do lítio também se mostrou positivo na potencialização da terapia ATRA. Dessa forma, o lítio desponta como um interessante aliado no tratamento da leucemogênese, através da minimização de células quiescentes, maior suscetibilização à terapia e possível redução de casos recidivos na LPA.