Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Culau, Fernanda Steffen |
Orientador(a): |
Paulon, Simone Mainieri |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/87577
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Resumo: |
Esta pesquisa de mestrado explorou o tema da função apoio na atenção básica em saúde, acompanhando um processo de formação-intervenção realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul a partir do assessoramento para pensar o apoio feito a um grupo de trabalhadores da saúde vinculados à rede de Porto Alegre. Sustentado metodologicamente nos pressupostos da pesquisa-intervenção, o estudo traçou uma cartografia junto aos apoiadores, acompanhando-os no exercício do apoio, tanto em seus cotidianos de trabalho, quanto em momentos de troca e problematização ao longo do processo de formação. Com a finalidade de colocar em análise as práticas operadas por apoiadores para poder extrair o que das instituições persiste e resiste enquanto construção da democracia, produção do comum e do que é da ordem do público, três eixos teórico-conceituais aprofundaram o tema: saúde, a produção de subjetividades e políticas públicas. Entre as ferramentas de pesquisa utilizadas, destaca-se o diário de campo da pesquisadora que, na experimentação do apoio realizado ao grupo em formação, permitiu que o exercício de análise de implicação ampliasse a compreensão do tema e produzisse novos sentidos aos processos tanto de formação em curso quanto da cartografia que junto a ele se delineava. Neste ponto situamos a emergência de um devir apoio, capaz de desnaturalizar as práticas cotidianas, inscrevendo no sistema de saúde modos de trabalhar que permitem revisitar os princípios da Reforma Sanitária e apontam para um reencantamento do SUS. Ao final, as análises teórico-críticas viabilizadas pelos processos acompanhados, permitiram ver o apoio como uma torção que se faz na diferença, existindo enquanto um híbrido entre aquilo que se tem instituído/definido como apoio (matricial, institucional, à gestão) e certo modo inventivo que começa a se insinuar entre as práticas em saúde. Propõe-se que o resultado deste “não-lugar”, criativo e participativo, seja o devir apoio. Um apoio que ultrapassa a condição de mera “função”, pois existe a favor das transformações, da construção de um conceito de saúde, de produção do novo: Apoio para produzir estéticas - do trabalho, da clínica, da vida - uma arte que produz subjetividades ao invés de encarcerá-las. |