Proposta de indicadores de sustentabilidade visando à síntese do diagnóstico ambiental, social e econômico para bacias hidrográficas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Hansen, Marco Antonio Fontoura
Orientador(a): Lanna, Antônio Eduardo Leão
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/253725
Resumo: Este estudo por meio de indicadores ambientais permitiu obter índices de sustentabilidade para bacias hidrográficas. Propõe-se aqui, uma forma integrada de análise do meio ambiente, levando em consideração os aspectos ambientais, sociais e econômicos, subdivididos em 10 áreas de conhecimento: ação institucional, áreas protegidas e de turismo, aspectos bióticos, demografía e educação, economia e infra- estrutura, indústria e energia, influências climáticas, recursos da terra, recursos hídricos, saúde e saneamento, totalizando 165 questões objetivas. Estas questões foram integradas, individualmente, por meio da criação de um banco de dados relacionai, com rotinas de programação em visual C++, disposição gráfica em tempo real de preenchimento por controle ActiveX e possibilidade de emprego de sensibilidade individualizada. Os índices de sustentabilidade obtidos com o programa elaborado possibilitaram a visualização, em gráficos temários e binários, dos resultados numéricos e conceituais emitidos em relatórios específicos. A partir desses resultados, é possível sugerir ações imediatas, nas quais os administradores públicos devem concentrar suas ações na tomada de decisões corretas. A ordenação dos índices ambientais, sociais e econômicos permitiu estabelecer o enquadramento em uma nova proposição de zonas ecológico-econômico (zee). A cartografia elaborada para o estudo de caso, Subsistema Baixo Camaquã (SsBC), proporcionou uma visão do comportamento espacial dos elementos analisados e facilitou as respostas de várias questões, sobre rodovias e vias de acesso, formas do relevo, perspectiva ortométrica do relevo, clinografia, geologia, áreas de licenciamento e pesquisa mineral, solos, riscos de erosão, hierarquia de canais, densidade média das drenagens, riscos de inundações, hipsometria, fragilidade à erosão, capacidade de uso dos solos, pictografia dos usos atuais da terra, usos conflitivos, locais de coleta das amostras de água, distribuição granulométrica dos sedimentos, declividade média, cobertura vegetal geral e simplificada, zoneamento ambiental e zonas ecológico-econômicas. Os estudos foram desenvolvidos nas microbacias e sub-bacias hidrográficas do SsBC, situado em uma área de 3.007km2, entre as coordenadas geográficas 30°45'00" - 31°16'00", latitude Sul, e 52°20'00" - 52°34'00", longitude oeste, possibilitaram estabelecer um diagnóstico do meio biótico e abiótico, através de cartografia digital temática, que subsidiou a elaboração e estruturação de índices de sustentabilidade. O programa apresentou resultados para o SsBC, com oscilações numéricas, mesmo nos casos em que um número reduzido de questões foi respondido. As relações do crescimento de fornecedor, consumidor e produtor se mantiveram equilibradas. Os resultados do zee para o SsBC mostram que esta vem a ser uma comunidade sustentável, com o inter-relacionamento de potencialidade muito baixa a alta e vulnerabilidade de baixa a alta. As sub-bacias dos arroios Santa Isabel, Evaristo e microbacia da ilha do Vianez, possuem potencialidade média e vulnerabilidade baixa, tratando-se de áreas de transformação; a sub-bacia do arroio do Sapato apresenta potencialidade e vulnerabilidade baixa, caracterizando-se como área com possibilidade de expansão e transformação; a sub-bacia do arroio Duro/Sanga Formosa e microbacia do arroio Palanque tem potencialidade muito alta e vulnerabilidade alta devendo ser recuperadas; a microbacia Ruínas possui potencialidade alta e vulnerabilidade baixa apresentando-se como uma área de transformação e consolidação; a microbacia da granja São Geraldo tem potencialidade muito baixa e vulnerabilidade baixa, constituindo-se em área com possibilidades de expansão; e a microbacia da ilha de Santo Antônio com potencialidade muito baixa e vulnerabilidade alta deve ser conservada. A variabilidade das proposições referentes ao zee mostra a capacidade de diferenciar os resultados encontrados, validando a metodologia proposta, empregada com a aplicação do programa elaborado, pois condiz com a realidade da área estudada.