Quando eu canto, posso : o discurso educacional em textos da tradição oral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Tomé, Cristinne Leus
Orientador(a): Beyer, Esther Sulzbacher Wondracek
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/252666
Resumo: A pesquisa se propõe a analisar a Discurso Educacional a partir de textos de povos de tradição oral através do campo teórico fornecido pela Análise de Discurso da Escola Francesa, principalmente dentro das pesquisas realizadas por Pêcheux na Terceira Fase. É um estudo de análise em que são levantadas formulações discursivas e marcas lingtlísticas que irão mostrasse como de caráter educativo, somando-se, assim, ao da visão voltada ao sagrado - como se encontra classiâcados a maioria dos textos pertencentes à tradição oral. Dentro do campo discursivo da oralidade, coram selecionados temos que pertencem ao recorte temático 'música'. Neste acervo temático, foram escolhidos para esta dissertação cinco exemplos: um Rig-Vidas chamado "Hino à Criação", uma lenda bororo conhecida como "A Música", uma canção de ninar inca, o "Canto do Canto" dos Iroqueses, e uma reflexão educativa-pedagógica sobre as canções de roda hde. Ao analisar as condições de produção que acompanham cada texto, foi possível estabelecer uma relação entre os sentidos pré-construídos e as filiações que os sujeitos íàziam a esses sentidos- A pesquisa düecionou-se em constituir o real que se apresentava nos textos, com um levantamento histórico, através dos sentidos encontrados na rede de memória. A dissertação trabalha com a definição de sujeito que se filia aos sentidos pré-construídos e que, ao biliar-se, acaba por interpretar os sentidos já-dados, ressigniâicando este real onde nasceu. Conclui que, ao interpretar e reinterpretar continuamente, o sujeito acaba por se manifestar(dente a si próprio e dente aos ouros) com um gesto educativo. Os povos pesquisados, indiferente à época em que existiram, tinham uma preocupação com a educação, com os saberes que produziram e com os sentidos destes saberes. Esta preocupação era destacada pelo complexo sistema de regras em que estava inserida as técnicas de memória para perpetuar estes saberes.