Caracterização do lodo de estações de tratamento de água de Porto Alegre/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Acquolini, Gabriela Tirello
Orientador(a): Camargo, Flavio Anastacio de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
WTS
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/178440
Resumo: O grande adensamento antrópico nas metrópoles tem aumentado a contaminação e a poluição dos recursos hídricos, que na maioria das vezes abastecem esta mesma população. Com isso, o saneamento básico e seus resíduos relacionados, como o lodo das Estações de Tratamento de Água (ETA) devem ter uma destinação ambientalmente adequada, uma vez que possuem na sua composição predominantemente orgânica, agrotóxicos, metais e produtos químicos. Desta forma, o objetivo desse estudo foi caracterizar o lodo residual de duas estações de tratamento de água do município de Porto Alegre (RS), por meio de análises químicas, biológicas e físicas do lodo, assim como determinar o efeito do lodo em plantas ornamentais a partir da sua disposição no solo. Em complementação foi também realizado a avaliação de alguns parâmetros de qualidade da água do manancial de captação: Guaíba. O lodo foi submetido a análises laboratoriais para diagnóstico de presença de metais, agrotóxicos, coliformes fecais, bem como análises microscópicas e de difratometria de raios X. Além disso, o lodo foi disposto em um Latossolo, com o cultivo de duas espécies ornamentais: Cynodon dactylon e Lobularia marítima (L.) Desv. Também foram realizadas análises de alguns parâmetros de qualidade da água em 28 pontos do Guaíba. Os resultados da análise do lodo residual de duas ETAs identificaram elevadas concentrações de carbono orgânico e de coliformes fecais e não houve detecção de agrotóxicos, classificando o lodo como resíduo Classe II-A – Não-inerte. O uso diluído de lodo no solo em diferentes concentrações não influenciou significativamente a produção de matéria seca de Cynodon dactylon e Lobularia marítima (L.) Desv. A água no lago Guaíba apresenta diferentes níveis de qualidade, sendo que a região mais ao norte do lago apresenta uma qualidade inferior à região sul, que se aproxima da foz. A região próxima ao centro de Porto Alegre é onde a qualidade da água é menor, com destaque para a presença de coliformes fecais em grande quantidade. Entre as fontes de poluição pontual destaca-se a contribuição do Arroio Dilúvio.