Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Perin, Maurício |
Orientador(a): |
Pizzolato, Tania Mara |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/225933
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Resumo: |
A identificação de compostos já legislados e emergentes em águas superficiais é uma das principais linhas de pesquisa em relação à qualidade da água. Neste trabalho, o Lago Guaíba (29°55′-30°24′ S; 51°01′-51°20′ W) foi a área de estudo, com coletas em 14 diferentes pontos, escolhidos para caracterizar tanto os aportes de outros rios da região, como pontos de captação e navegação fluvial. O Lago Guaíba é um corpo d'água de 496 km2 situado na depressão geológica do estado do Rio Grande do Sul, o qual é receptor de vários rios da região metropolitana, a quinta maior área metropolitana do Brasil, com aproximadamente 5 milhões de habitantes. O desenvolvimento e validação de métodos para análise de fármacos, agrotóxicos, metais/metaloides e compostos suspeitos são uma alternativa em potencial e podem ser usados para uma avaliação abrangente da presença destes compostos no ambiente. Neste trabalho, métodos para determinação de 42 fármacos e 62 agrotóxicos (ANEXO a, b e c) foram validados utilizando extração em fase sólida com cartuchos Strata-XTM e C-18, seguindo-se de análise por LC-QTOF-MS e GC-MS/MS, respectivamente. Vinte e sete metais/metaloides (ANEXO d) foram analisados por ICP-MS, por um período de dois anos (2019 e 2020) na água do Lago Guaíba. Os agrotóxicos analisados foram aqueles pertencentes às Portarias federal (GM/MS Nº 888, DE 4 DE MAIO DE 2021) e estadual (RS/SES Nº 320 DE 24/04/2014), e os fármacos foram selecionados a partir de um extenso levantamento dos mais consumidos na região (hospitais, farmácias, RENAME e REMUME). Todos os parâmetros de validação cumpriram as determinações do SANTE/12682/2019. Das 92 amostras de água analisadas de janeiro de 2019 a dezembro de 2020, 24 fármacos e 27 agrotóxicos foram quantificados em concentrações variando de <LOQ a 595,20 ng L-1; dentre os agrotóxicos, destaca-se: atrazina, imazetapir e simazina, e os fármacos atenolol, lidocaína e ácido mefenâmico. Adicionalmente, através da varredura de compostos suspeitos, constatou-se a presença de mais de 20 compostos, dentre eles os metabólitos da atrazina (2-Hidróxi-atrazina e Desetil-atrazina), da trifloxistrobina (CGA 321113), quinclorac e benzoilecgonina. Dos 27 metais/metaloides analisados, 19 foram detectados na faixa de concentração de 0,20 a 7.060,00 μg L-1. Cabe salientar que um acidente ocorreu em uma empresa de cromagem na região metropolitana de Porto Alegre, resultando na alteração da concentração de cromo no mês de março de 2019 (67,25 μg L-1). No entanto, nas coletas dos meses seguintes a concentração de cromo voltou para parâmetros habituais. Além disso, pôde-se verificar a influência da pandemia da COVID-19 nos parâmetros analisados. A partir da comparação de dados pré-pandemia (2019) e durante a disseminação do vírus ao longo de 2020, foi possível constatar significativas diferenças, especialmente no aumento da concentração de fármacos como, ácido salicílico, albendazol, tiabendazol, acetaminofeno, hidroclorotiazida, metoprolol e sulfametoxazol. No que tange à abordagem quimiométrica, os dados foram avaliados individualmente e fundidos em baixo nível por PCA. Os principais achados revelaram que os compostos estão distribuídos por toda a área estudada sem um padrão regular aparente. |