Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Vivian, Diego Luiz |
Orientador(a): |
Petersen, Sílvia Regina Ferraz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/14683
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Resumo: |
Esta pesquisa investiga o processo de formação de uma categoria de trabalhadores ocasionais, os quais lutaram para conquistar a responsabilidade exclusiva pela execução de serviços de vigilância em embarcações no Rio Grande do Sul, aspirando limitar o arbítrio patronal nessas atividades. Pelas suas características, o objeto desse estudo suscitou a abordagem de uma série de temáticas relacionadas às experiências associativas e de trabalho dos membros dessa categoria. Isso exigiu uma reconstituição do arranjo da indústria portuária sul-rio-grandense, buscando demonstrar o significado estratégico dos portos para a valorização capitalista realizada através dos intercâmbios mercantis. Da perspectiva de empresários e engenheiros ligados ao poder estatal, os portos de Porto Alegre e Rio Grande deveriam atingir a eficiência técnica e comercial à medida que fosse estabelecido um domínio completo sobre os fluxos de mercadorias que circulavam pela orla. Além da generalizada mecanização das operações portuárias e a conseqüente redução da força numérica dos estivadores e trabalhadores portuários em geral, esse controle sobre os fluxos ao mesmo tempo implicava prevenir e reprimir determinadas práticas consideradas ilícitas, como as apropriações de bens materiais por parte de obreiros dos portos. O exame destas temáticas colaborou para a compreensão de peculiaridades do processo de formação da categoria dos vigias de embarcações entre 1956 e 1964, pois durante o desenvolvimento dessa investigação não se desconsiderou que o caráter ubíquo dessas transgressões em Porto Alegre e Rio Grande justificava a existência de trabalhadores destinados a vigiar outros trabalhadores. Além disso, foram analisadas ações dos vigias e de suas lideranças para o reconhecimento da sua profissão, demonstrando-se que as experiências associativas desses trabalhadores estiveram marcadas pelo imperativo da sindicalização. Sendo assim, se evidenciou que a construção dessa categoria teve estreitas relações com a estruturação das suas sucessivas entidades representativas, através das quais os vigias reivindicaram direitos e procuraram gerir a força de trabalho empregada nos serviços de vigilância de embarcações que se encontravam atracadas ou fundeadas ao largo dos principais portos do Rio Grande do Sul. |