Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Rosa, Diego D'Avila da |
Orientador(a): |
Faé, Rogério |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/143314
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Resumo: |
implementação da indústria naval para a organização do trabalho em Rio Grande. Para tal, propõe-se a categoria organização do trabalho definida a partir dos elementos fundamentais da teoria marxista, permitindo uma análise alternativa às formulações burguesas de crescimento econômico e progresso. Aqui a organização do trabalho ultrapassa os muros da indústria, invade e organiza a vida dos trabalhadores e da comunidade local, estabelecendo uma forma negativa de produzí-la. Analisando as falas dos diferentes sujeitos inseridos na cidade (governo, trabalhadores, sindicalistas, líderes comunitários, etc.), após estudo do processo histórico que favoreceu a implementação da indústria naval em Rio Grande, foi possível concluir que os esforços do governo local em garantir o crescimento econômico e manter os níveis de emprego, com o ocaso da indústria naval provocado pelas denúncias e investigações da Operação Lava Jato e a desvalorização das commodities no mercado internacional, reforçam e ampliam a secular dependência latino-americana em relação aos países capitalistas avançados. Os trabalhadores, submetidos à superexploração do trabalho e à degradação de suas condições de trabalho são colocados no mesmo patamar das máquinas, no qual sua subjetividade é cada vez mais eliminada do processo de trabalho e seu trabalho transformado em abstração, têm sua vida negada. As lutas da classe trabalhadora, que poderiam interromper este processo, restringem-se àquilo que a organização do trabalho lhes possibilita lutar, buscando a liberdade sob a forma de mais servidão. O convívio entre trabalhadores migrantes e população local é marcado por desconforto e intolerância, em uma relação onde ambos se reconhecem como membros de formas parciais do gênero humano, não como totalidade deste. A organização do trabalho reorganiza a vida social de modo a favorecer o processo de acumulação do capital, estabelecendo uma forma negativa de produção da vida. |