Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Silva, Fernanda Costa da |
Orientador(a): |
Lay, Maria Cristina Dias |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/78276
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Resumo: |
Esta pesquisa insere-se na área de Planejamento Urbano e Regional e trata da percepção de usuários em relação a espaços públicos urbanos que sirvam concomitantemente ao lazer e ao turismo, em um contexto no qual se verifique parcerias público-privado do tipo Adoção. A pesquisa tem como objetivo contribuir para indicar uma tendência de percepção contemporânea da sociedade civil em relação ao papel do Estado brasileiro, levando-se em conta o crescente número de parcerias estabelecidas entre o Poder Público e o setor privado, para a gestão dos espaços urbanos de uso irrestrito. Em complemento, objetivou-se: averiguar se as parcerias nos espaços públicos urbanos são interpretadas como necessárias ou como impróprias, sob aspectos físicos e simbólicos, no que se refere à qualificação do lazer e do turismo; e verificar se as parcerias causam interferência na avaliação de desempenho dos espaços onde ocorrem, ou se tal avaliação liga-se ao atendimento dos critérios de adequação e uso, tais como os sugeridos pela área de estudos Ambiente-comportamento. Para tanto, realizou-se estudo comparativo em três espaços adotados, localizados na cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, os quais são relevantes tanto no contexto do lazer local, como no contexto turístico. A coleta de dados realizou-se mediante levantamento de arquivo, levantamento físico, aplicação de entrevistas, de mapas mentais e de questionários. Os resultados indicam existir aceitabilidade das intervenções privadas de forma correlata à relevância atribuída a esta prática de investimento no espaço público. Também se verificou que a avaliação de desempenho não está relacionada à aceitabilidade dos investimentos privados, nos espaços em que a pesquisa foi aplicada, embora a percepção dos usuários possa ser influenciada, positiva ou negativamente, em relação a algumas das variáveis de análise do desempenho do espaço, na medida em que elas aludem a investidores privados. De forma geral, constatou-se não ser expressivo o interesse dos usuários pelo modo como os serviços são providos nos espaços públicos de lazer e turismo, contanto que o resultado final seja satisfatório ao propósito desses espaços. Verificou-se que, na percepção dos usuários, o Estado ainda é a esfera sobre a qual incide e sobre a qual deveria incidir a responsabilidade pelo amparo às áreas públicas abertas de lazer e turismo, mesmo que o setor público tenha sido avaliado como pior, comparado ao privado, no que se refere à prestação de serviços urbanos. Ainda assim, é importante destacar a expressiva parcela de respondentes que já sinalizam o setor privado como aquele que de fato investe em espaços públicos, e como aquele que deveria ter a responsabilidade por tais investimentos urbanos, percepção esta que sugere haver uma compreensão, por parte dos usuários, sobre a situação transitória do papel do Estado, indicada pela literatura pertinente ao tema. Os resultados obtidos, além de adicionarem ao debate a avaliação sobre uma modalidade específica de consorciamento urbano, qual seja, a Adoção, abordada à luz da área Ambiente-Comportamento, agregam tratamento teórico a um segmento turístico que ainda necessita ter estudos aprofundados, qual seja, o Turismo Urbano. |