Disponibilidade de fósforo e potássio e atributos físicos de um planossolo após quatro anos de adoção de sistemas de produção agropecuária com plantio direto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Schmaltz, Érico
Orientador(a): Martins, Amanda Posselt
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/278734
Resumo: Os solos de terras baixas no Rio Grande do Sul (RS), possuem drenagem deficiente, o que os torna aptos ao cultivo de arroz irrigado por alagamento. A má drenagem pode refletir o acúmulo natural de argila no horizonte B, ou a formação de camadas adensadas em subsuperfície. A entrada de culturas de sequeiro nessas áreas, tem aumentado a adoção de manejos como o plantio direto (PD) e a integração lavoura-pecuária (ILP). Eles favorecem o acúmulo de matéria orgânica, aumentam a capacidade de troca de cátions e a retenção de água do solo. Isso é benéfico, pois os nutrientes são absorvidos da solução do solo. Assim, o processo de difusão tende a ser facilitado, podendo contribuir no suprimento de fósforo (P) e potássio (K). O objetivo deste trabalho foi avaliar as respostas destes solos, em curto prazo (4 anos), quanto à disponibilidade de P e K, e às características físicas, frente à adoção de PD, com e sem cobertura de solo, além de ILP. O experimento foi implantado em 2018, em Capivari do Sul, RS, sob um Planossolo Háplico, em delineamento de blocos ao acaso, com três repetições. Os sistemas avaliados foram Arroz/Pousio, Arroz/trevo, ILP ArrozSoja/Azevém e Pecuária Campo nativo/Azevém+trevo. Em outubro de 2021, foi realizada coleta de solo nas camadas de 0,00-0,05 m e 0,05-0,10 m. Na safra 2021/2022 todos os sistemas foram cultivados com arroz irrigado. Os resultados demonstraram que houve mudança na classe de disponibilidade de P e K em relação ao início do experimento. Os teores disponíveis não variaram entre os sistemas, mas a quantidade destes, foi maior na camada de 0,00-0,05 m, com exceção do sistema Pecuária Campo nativo/Azevém+trevo, onde o K disponível foi igual entre as camadas. O efeito das doses de P e K aplicadas via adubação mineral, explicou 61% e 54%, respectivamente, o P e o K disponíveis no solo, na camada de 0,05-0,10 m. . O P disponível explicou 98% do P solúvel, nos sistemas sem pecuária. A densidade (Ds), a macroporosidade (Ma) e a microporosidade (Mi) do solo, não tiveram diferença entre os sistemas. O sistema Arroz/trevo teve menor Ds na camada de 0,00-0,05 m. Na mesma camada, a Ma foi maior nos sistemas Arroz/Pousio e Arroz/trevo e, a Mi foi maior em todos os sistemas em relação à camada de 0,05-0,10 m. Na produtividade de grãos do arroz, houve efeito positivo da Ds e negativo da Mi, nas duas camadas, o que explica em parte a diferença de 0,96 Mg ha-1 de grãos entre o sistema mais produtivo (Pecuária Campo nativo/Azevém+trevo) e o menos produtivo (Arroz/Pousio).