Fatores preditivos para drenagem de derrame pleural parapneumônico em pediatria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Mocelin, Helena Teresinha
Orientador(a): Fischer, Gilberto Bueno
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/206005
Resumo: Introdução: O derrame pleural é uma complicação frequente de pneumonias na criança e ainda existem dificuldades na decisão do tratamento em relação a terapêutica com antibióticos e drenagem torácica. Objetivo: O objetivo deste estudo foi identificar fatores associados com a decisão de realizar drenagem torácica, baseados nos sinais e sintomas clínicos, radiograma de tórax e achados bacteriológicos, e análise bioquímica do líquido pleural. Material e métodos: realizou-se um estudo transversal com 85 com derrame pleural parapneumônico admitidas no Hospital da Criança Santo Antonio entre novembro de 1995 e outubro de 1996. Resultados: A maioria das crianças eram meninos com idade inferior a dois anos. Os sinais e sintomas clínicos iniciaram, em média, sete dias antes da admissão e a febre foi o mais frequente, seguida por tosse e dificuldade ventilatória. Taquipnéia foi observada em crianças menores de um ano de idade e tiragem foi associada com maior risco para a drenagem torácica. Em 31% das crianças o agente etiológico foi identificado e o mais frequente foi o S. pneumoniae. A drenagem torácica foi realizada em 69% das crianças. A análise ioquímica do líquido pleural mostrou que o pH inferior a 7,2 e glicose igual ou inferior a 40 mg/dl foram os melhores testes para a predição de drenagem torácica. Achados semelhantes foram observados quando líquidos não purulentos foram estudados. A análise da Desidrogenase Lactica mostrou resultados inferiores em prever drenagem torácica. Tambem observou-se que pH pleural inferior a 7 e glicose igual ou inferior a 40 mg/dl estiveram associados com maior morbidade - maior tempo de febre e de hospitalização. Conclusões: os achados deste estudo sugerem que em crianças com pneumonia complicada por derrame pleural o pH infeior a 7,2 e glicose igual ou inferior a 40 mg/dl são os melhores testes para predição de drenagem torácica.