Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Santos, Thais Leobeth dos |
Orientador(a): |
Muller, Karla Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/247491
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Resumo: |
Os fenômenos de destruição ambiental na Amazônia brasileira ganharam destaque no debate público nos últimos anos e elevaram as discussões sobre a participação do agronegócio nesse processo. Essa problemática é tensionada por agentes sociais e peculiaridades do contexto brasileiro na atualidade, colocando as narrativas da imprensa sobre o tema também em evidência. Assim, esta pesquisa tem como objetivo geral compreender a construção de sentidos sobre o agronegócio em relação ao desmatamento e às queimadas na Amazônia brasileira na atualidade, a partir de acontecimentos jornalísticos narrados por jornais de referência no ano de 2020, quais sejam: O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo. Para isso, os objetivos específicos são a) refletir sobre o jornalismo enquanto instância de vigilância social e agente que contribui para a construção da realidade; b) abordar perspectivas que tratam o jornalismo como (re)produtor de narrativas, portanto como instância de produção discursiva inserida num sistema simbólico amplo que consolida as relações humanas; c) evidenciar a cobertura informativa que relaciona o agronegócio ao desmatamento e às queimadas na Amazônia brasileira a partir das significações ofertadas por meio de tensionamentos, vozes e estratégias no texto jornalístico. O percurso de pesquisa é operacionalizado por levantamento bibliográfico (STUMPF, 2010), suporte em análise de conteúdo (BARDIN, 2013) e emprego de uma análise pragmática da narrativa jornalística (MOTTA, 2010, 2013). Os pressupostos teóricos de base vêm da teoria da construção social da realidade (BERGER; LUCKMANN, 2013), das teorias construcionistas do jornalismo (TRAQUINA, 2005), de teorias da narrativa (NUNES, 1995; CULLER, 1999; RICOEUR, 2010) e narrativa jornalística (RESENDE, 2005, 2009, 2011; CARVALHO, 2010a, 2010b, 2012). O universo discursivo exposto no objeto empírico revela o agendamento midiático da relação do agronegócio com a Amazônia, bem como uma construção de sentidos orientada pelos seguintes alinhamentos: agronegócio como setor dividido, visado, principal responsável pelo desmatamento e modelo de produção/modelo institucional, aspecto que se destaca. As narrativas analisadas evidenciam de modo central um processo de argumentação com vistas à desconstrução da imagem do agronegócio e do Brasil como vilões ambientais na realidade amazônica. Concluímos que as narrativas jornalísticas configuram-se como espaços de construção de significações sobre o agronegócio em relação ao desmatamento e às queimadas na Amazônia brasileira e como dispositivos para a construção de um lugar histórico para o setor na atualidade. |