O corpo emergente na arte digital

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Fontanive, Mário Furtado
Orientador(a): Brites, Blanca Luz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Art
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/78675
Resumo: Nesta tese parto do princípio de que a arte se instaura pelo contraste que mantém com os esquemas de ação habituais das sociedades. Partindo desse argumento, considero que nas atuais tecnologias digitais, apesar da instabilidade inerente a esses novos meios, também é possível uma diferenciação entre a arte e os esquemas do hábito. Nas técnicas surgidas após o controle da energia elétrica, origem sobre a qual está baseada a tecnologia digital, a fixidez que dominava as estruturas mecânicas foi subvertida e se abriu a possibilidade de conformar mais livremente o modo como desenvolvemos nossas ações. Concomitantemente a essa condição, algumas técnicas passaram a possibilitar o registro de diversos tipos de movimento realizados pelo corpo. Assim, tanto os movimentos subliminares do corpo, como os batimentos cardíacos e a respiração, quanto os mais variados tipos de gestos formadores das ações, tais como o andar e o olhar, se tornaram passíveis de captura, de manipulação e de observação. Busco mostrar que o uso de técnicas de captura de movimento possibilitou aos artistas o deslocamento dos gestos de suas posições internas às estruturas do hábito e, além de demarcar os domínios da arte no território movente da tecnologia digital, os artistas conseguiram expor esquemas de ação até então ocultados pela repetição cotidiana.