A voz do Comitê de Política Monetária na República do Real

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Varaschin, Jorge Armindo Aguiar
Orientador(a): Fonseca, Pedro Cezar Dutra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/219390
Resumo: A temática desta investigação concerne à política monetária do Plano Real, trazendo a voz do Comitê de Política Monetária (Copom) através das atas de suas reuniões. Para além de sintomas do seu tempo, essa documentação revela a importância do Copom na condução da política econômica, sua intencionalidade e seus impactos na trajetória de longo prazo da economia brasileira. Mais do que simples relatos de reuniões, evidencia o cenário com que se deparam, as variáveis sob as quais se debruçam e aquelas das quais se omitem. A análise recai sobre o Plano Real, instituído em 1994, e como transcendeu a proposta de estabilização, tornando-se marco institucional sob o qual a economia brasileira se desenvolve. Observa-se como o receituário de política monetária transformou-se na síntese de interação de fatores econômicos, políticos e sociais, estabelecendo um movimento convergente. Ao longo dos anos de 1998 a 2010, verifica-se que o mantra do combate persistente e prioritário da inflação refletiu-se em elevações da taxa básica de juros e em valorização cambial, vetores do processo de financeirização da economia brasileira. Se sua forma se apresenta nas variáveis expostas, nos dados e informações elencados, seu conteúdo revela-se somente na dinâmica de classes e frações de classe, cerne das sociedades capitalistas contemporâneas.