Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Moraes, Andre Carlos |
Orientador(a): |
Gruszynski, Ana Claudia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/157673
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Resumo: |
Esta pesquisa observa, em três levantamentos ao longo de seis anos, as táticas de leitura e estudo de estudantes de primeiro ano da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com ênfase em sua apropriação dos títulos da lista de leituras recomendadas para a prova de Literatura do vestibular. Tem como objetivo compreen-der a dinâmica de alternância de plataformas para apropriação de conteúdo por parte dos leitores, investigando as práticas socioculturais ligadas ao livro e outros suportes paralelos, em uma perspectiva que se estabelece a partir do campo da Comunicação. Integrada à linha de pesquisa Mediações e Representações Culturais e Políticas, a tese problematiza resultados da dissertação de mestrado do autor, que havia realizado le-vantamento em 2011, com 263 alunos, prospectando usos de suportes paralelos ao livro. Foram realizadas rodadas adicionais de pesquisa em 2014, com 269 estudantes; e 2016, com 135, totalizando 667 alunos de 11 cursos, que responderam a um questio-nário autopreenchido distribuído em sala de aula; e 31 entrevistas semiestruturadas telefônicas, para triangulação. Como referências teóricas, empregam-se conceitos de Ted Striphas (2011), Henry Jenkins (2008), John B. Thompson (2008; 2012), Roger Char-tier (1998; 2001), Robert Darnton (2009) e Thomas Bredehoft (2014), entre outros au-tores. Metodologicamente, adota-se o modelo de instâncias de Maria Immacolata Vas-sallo de Lopes (2003). Entre os resultados, observa-se um aumento progressivo da su-perposição de suportes por parte dos estudantes amostrados ao longo dos três perío-dos, paralelo a um deslocamento em direção à variedade de suportes dentro das pró-prias listas de vestibular da UFRGS (que a tese analisa desde sua criação, em 1999, até o concurso de 2017). A análise de dados quantitativos e dos acertos da turma de 2014 aponta que a variedade de suportes empregada pelos alunos não foi determinante para o escore nas provas, embora possa ser indicativa de preferências individuais e, mesmo, coletivas. Após a análise categorial das entrevistas semiestruturadas, propõe-se a hipótese de que os alunos manipulam ativamente a dimensão dos suportes de conteúdo, construindo canais de comunicação personalizados e às vezes únicos, a par-tir de uma conjugação de conveniência pessoal, gosto e, também, efeitos de represen-tação indicativos de pressão coercitiva herdada da cultura do livro. |