Análise de viabilidade econômica da irrigação em face de cenários econômicos : aplicação ao feijão irrigado no RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Jobim, Carmen Ilse Pinheiro
Orientador(a): Lanna, Antônio Eduardo Leão
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/12885
Resumo: Baixas produtividades e grandes oscilações de produção da lavoura do feijoeiro são atribuídas à sua pouca tolerância aos déficits hídricos de primavera–verão, época de maior exigência hídrica da cultura. A irrigação suplementar é um eficiente método para a obtenção e manutenção de altos rendimentos. O sistema de irrigação por pivô central é empregado em lavouras empresariais de feijão do Planalto Médio, região que responde por 30 % da produção total de grãos de feijão do Estado. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de feijão sob irrigação suplementar, visando quantificar a demanda de água, o rendimento relativo de grãos ocorridos nas safras e safrinhas de 1985 a 2004 e avaliar economicamente o sistema de irrigação por pivô central, analisando a viabilidade da cultura do feijão irrigada sob várias condições econômicas numa propriedade do Planalto Médio do Rio Grande do Sul. Os resultados obtidos, nas condições de execução do estudo, indicam que a irrigação suplementar do feijão foi necessária em todos os anos do período avaliado, em volumes médios que variaram de 140 a 300 mm/ano, na safra, e de 130 a 270 mm/ano, na safrinha. As deficiências hídricas provocam perdas no rendimento de feijão que podem chegar a 39 % da produção anual de grãos. A produção de feijão irrigado mostrou-se uma atividade economicamente viável, gerando uma renda líquida média de R$ 1.534,30 ha-1 ano-1, demonstrando que o investimento em irrigação pode ser altamente atrativo, com VPL = R$1793,93ha-1 , TIR = 11,88% e B /C = 1,36. Pelo perfil de risco dos cenários avaliados considerando a probabilidade de ocorrência das Taxas Internas de Retorno simuladas, a variação na vida útil do equipamento de irrigação e a variação tarifária da energia elétrica pela reclassificação da unidade consumidora não acarretam risco de inviabilizar a irrigação da lavoura do feijão. No caso da regulamentação da cobrança pelo uso da água, as tarifas de consumo da água de R$ 0,02 e de R$ 0,04 acarretam um risco de inviabilizar economicamente a irrigação do feijão em 4,09 % e de inviabilizar em 100 %, respectivamente; a variação dos preços recebidos pelo produtor acarreta um risco de inviabilidade de 1,1 % e a variação no rendimento de grãos obtidos com a irrigação um risco de 30,85 % de inviabilizar a prática da irrigação da lavoura do feijão.