Centralidade, rede urbana e regionalização da saúde : um estudo sobre a Região dos Vales/RS no contexto da pandemia do Coronavírus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Giacometti, Nicolas Billig de
Orientador(a): Campos, Heleniza Ávila
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/258797
Resumo: A pandemia da Covid-19, até 28 de fevereiro de 2022, gerou 28.796.571 número de casos e 649.437 número de mortes no Brasil. Desde que foi confirmado o primeiro caso no país, o número de casos aumentou nas cidades conforme a sua posição e papel na rede urbana. Os primeiros casos surgiram nos grandes centros urbanos, avançando até as cidades médias e, posteriormente, nas cidades pequenas e áreas rurais. Utilizou-se como objeto empírico a Região dos Vales do Rio Grande do Sul, formada pelas sub-regiões contíguas dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (COREDEs) Vale do Rio Pardo e do Vale do Taquari. A pesquisa teve como tema principal a centralidade, a rede urbana e a regionalização de saúde existentes. Analisaram-se as relações de centralidade regional das cidades médias, utilizando o recorte locacional de Santa Cruz do Sul e Lajeado, adotando o problema da pesquisa os fluxos decorrentes das demandas por atendimento de saúde pública no contexto da Covid-19, utilizando o recorte temporal entre março de 2020 e março de 2022. Também buscou-se entender os fluxos gerados pela saúde pública, seus desdobramentos no território e se estes impactaram nas múltiplas geografias possíveis, como, nos múltiplos lugares, municípios, centros urbanos e paisagens da região, no território e na vida das pessoas. Os procedimentos metodológicos apoiaram-se principalmente na metodologia de pesquisa documental, utilizando dados secundários de órgãos públicos nacionais e estaduais, como o Censo Demográfico do IBGE (2010, 2020), Estimativa populacional do IBGE (2020), REGIC 2018 — IBGE (2020), a Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (SES RS) (2020) e o portal DATASUS (2022). Apesar das dificuldades metodológicas encontradas, o objetivo principal foi alcançado, apresentando resultados relevantes e conclusões importantes para os estudos urbanos. A escrita da dissertação foi realizada durante a pandemia, o que trouxe desafios adicionais. A pesquisa enfrentou obstáculos para coletar dados, devido à quantidade de sistemas do Ministério da Saúde para acessá-los e a instabilidade desses sistemas. As análises confirmaram a relação entre a estrutura e funcionamento da rede urbana e a regionalização da saúde, através da distribuição espacial da oferta de serviços e equipamentos de saúde na região estudada. Houve uma maior ocorrência de fluxos com destino a estabelecimentos de saúde, estes com alta tecnologia e alto custo (Alta Complexidade), em direção a cidades (municípios) de maior centralidade e hierarquia na rede urbana regional, reforçando, durante a pandemia, as interações espaciais previamente existentes. Como consequência disso, verificou-se que os serviços de saúde foram sobrecarregados.