Desvulcanização mecanoquímica como alternativa para reciclagem “verde” de pneus inservíveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pereira, Patrícia Bereta
Orientador(a): Ferreira, Carlos Arthur
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/250551
Resumo: A relevante expansão na produção de produtos poliméricos reflete no acúmulo de rejeitos desse seguimento e dificuldades em seu correto destino. A composição desses polímeros pode variar de acordo com propriedades requiridas ao produto, tornando ainda mais difícil a viabilidade técnica e econômica na reciclagem do material. Esse é o caso dos polímeros elastoméricos destinados a fabricação de pneus, que formam um composto misto, entre diferentes borrachas e cargas, os quais são vulcanizados para estabilização de suas propriedades. Esse trabalho apresenta um estudo para desvulcanização mecanoquímica “verde” de pneus inservíveis moídos, utilizando um misturador termocinético. Para a caracterização das amostras de pneu foram realizados ensaios de densidade, intumescimento, teor Sol, teor Gel, Espectroscopia no Infravermelho (FTIR), Termogravimetria (TGA), Calorímetria Diferencial de Varredura (DSC) e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Foi verificado que as condições de processamento no misturador termocinético, influenciam na densidade, no teor de solúveis, e favorecem o intumescimento das amostras à medida que a velocidade de cisalhamento aumenta. As características térmicas do material não apresentaram grande variação nas condições mais brandas de tratamento. A análise de Horikx indica que as amostras processadas na velocidade 1 (2565 rpm) apresentaram a maior taxa de cisões seletivas, e na velocidade 2 (5145 rpm), a partir de três minutos de processamento, as cisões de cadeia são randômicas, tendendo a uma fragmentação da cadeia polimérica. A melhor eficiência de desvulcanização, com menor fragmentação da cadeia foi de 53% com um minuto de processamento a 5145 rpm. A análise morfológica indica a tendência de diminuição de espaços vazios na amostra e a fusão do pneu inservível ao longo do tempo e intensidade de processamento.