Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Pinheiro-Machado, Rosana |
Orientador(a): |
Oliven, Ruben George |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/16895
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Resumo: |
Tendo como norte a idéia de uma "cadeia global de mercadoria", esta tese discute o sistema formal e informal de produção e circulação de bens chineses - bugigangas e cópias - no circuito China-Paraguai-Brasil, a partir de uma etnografia multissituada realizada em Ciudad del Este, no Paraguai, e na Província de Guangdong, na China. Desde o século XVII, Guangdong tem vocação para o comércio exterior, bem como para a produção de cópias. As recentes reformas trazidas pela abertura econômica otimizaram as qualidades desse antigo mercado, formando um dos maiores pólos fabris do mundo. O preço baixo das mercadorias é viabilizado graças a uma série de fatores. De um lado, há a manutenção do trabalho intensivo sob precárias condições; de outro, há uma malha composta por laços pessoais - guanxi - que legitima e sustenta esse modelo desenvolvimento através da reciprocidade entre empresários e autoridades - a nova elite do país. O boom da região produtora estudada induz um fluxo de pessoas e mercadorias em nível planetário. No Paraguai, imigrantes chineses aproveitam as oportunidades do crescimento da terra natal e importam bens para revenderem-nos a um público da América do Sul. Além de mercadorias, os imigrantes trazem seus modos de vida e suas concepções de trabalho, as quais versam igualmente sobre a importância do guanxi. Devido à atual fiscalização na fronteira Brasil/Paraguai, o comércio de Ciudad del Este sofre forte impacto, alterando toda a cadeia de mercadorias. Este fato não aponta para o fim desse comércio, mas para a formação de novos rumos para pessoas e bens. |