Viabilidade de blastocistos de Mus musculus domesticus expostos à alta pressão gasosa e submetidos à criopreservação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Becker, Bruno Silveira
Orientador(a): Rodrigues, José Luiz Rigo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/220317
Resumo: A alta pressão gasosa (high gaseous pressure, HGP) tem sido descrita como um agente estressante capaz de induzir resposta ao estresse subletal, fornecendo proteção celular a estresses subsequentes, como a criopreservação, embora os mecanismos celulares envolvidos ainda não estejam elucidados. Este princípio foi investigado em blastocistos murinos expostos a diferentes tratamentos utilizando-se HGP, seguidos ou não de criopreservação. De um total de 427 fêmeas de Mus musculus domesticus superovuladas, 308 (72,1%) produziram 3070 blastocistos viáveis (média de 7,2 ± 11,5 blastocistos/fêmea superovulada e de 10,0 ± 12,5 blastocistos/fêmea responsiva ao tratamento superovulatório) que foram expostos a tratamentos de distintas pressões e tempos de exposição, em quatro grupos experimentais: (a) 20,7 MPa por 2 h (P20.T2); (b) 20,7 Mpa por 4 h (P20.T4); (c) 27,6 Mpa por 2 h (P27.T2); e (d) 34,5 Mpa por 2 h (P34.T2). Todos os grupos foram pareados com controles não expostos à HGP. No primeira parte do experimento, embriões foram expostos à HGP, conforme os grupos experimentais acima, e posteriormente submetidos ao cultivo in vitro por 72 h com o objetivo de verificar a influência dos protocolos de HGP sobre a taxa de eclosão. Não houve diferença nas taxas de eclosão e na morfologia entre os grupos experimentais e os controles. Já na segunda parte do experimento, os embriões foram expostos à HGP, conforme os grupos experimentais acima, e posteriormente criopreservados por curva de congelamento clássica (rápida). Após o descongelamento, os embriões foram cultivados in vitro por 72 h para a avaliação das taxas de eclosão entre os grupos. A taxa de eclosão do Grupo P34.T2 foi significativamente maior do que a dos controles criopreservados não expostos à HGP (70,2% vs. 58,6%, p < 0,05). Conclui-se que a HGP pode ser usada como agente estressor subletal sem perda da viabilidade embrionária, e que o uso da HGP de 34,5 MPa por 2 h prévio à criopreservação modificou positivamente a taxa de sobrevivência in vitro de blastocistos murinos criopreservados.