Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Miorando, Bernardo Sfredo |
Orientador(a): |
Leite, Denise Balarine Cavalheiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/204963
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Resumo: |
Esta tese discute como indivíduos nos contextos de pós-graduação brasileiro e finlandês processam mudanças na universidade conforme a internacionalização ocorre. Ela problematiza como mudança, poder e ação política se desdobram através dos campos de ação social – política nacional, instituição educativa, trabalho acadêmico – que compõem cada contexto. A pesquisa que sustentou essa dissertação foi organizada como um estudo de caso comparado baseado na análise qualitativa de entrevistas semiestruturadas com formuladores de políticas, líderes institucionais e acadêmicos envolvidos na internacionalização da pós-graduação no Brasil e na Finlândia. A base teórica lida com o caráter político da universidade da mudança em educação superior, combinando estudos de educação superior e pensamento social brasileiro, abordando autores como Alvaro Vieira Pinto, Burton Clark, Darcy Ribeiro, Denise Leite, Ernani Maria Fiori, Florestan Fernandes, Jussi Välimaa e Paulo Freire. Ela também conecta globalização e internacionalização a partir de uma perspectiva crítica, considerando as obras de Fred Halliday, Immanuel Wallerstein, Milton Santos, Sharon Stein e Simon Marginson. Situada no paradigma crítico, a pesquisa desdobrou a categoria da mudança explorando contexto e esquemas de ação; e a categoria do poder interpretando mediação técnica e mediação política. As consciências dos indivíduos sobre as relações entre seus trabalhos e a internacionalização foram buscadas como fonte de entendimento sobre o que muda quando as universidades se globalizam. Entre os múltiplos sentidos que emergiram das posições diferenciais dos indivíduos nos campos, foi possível detectar padrões que permitem entender como indivíduos no Brasil e na Finlândia se relacionam com o campo global de educação superior. Há descompassos quanto ao que as universidades devem alcançar com a internacionalização, e como elas devem fazê-lo, tanto dentro quanto entre os campos de ação social. Contudo, a aprendizagem e o capital social resultantes das experiências de internacionalização equipam os indivíduos com habilidades estratégicas para progredir dentro dos esquemas hierárquicos das instituições, fortalecendo suas possibilidades de adentrar arenas de decisão onde podem se tornar agentes de mudança. A estrutura de oportunidades para passar por esse processo é menos desigual na Finlândia, onde a internacionalização da educação superior é mais integral, e redes de instituições atuam para alcançar as metas das estratégias nacional e institucionais. No Brasil, a pós-graduação é mais dependente do direcionamento estatal, e indivíduos e instituições encontram muitos desafios para se globalizarem – entre eles, a dificuldade para operar na língua inglesa. De modo geral, a mudança promovida pela internacionalização nas universidades se relaciona com duas tarefas ético-políticas fundamentais: a interação com o Outro ou a Outra e a estrutura de oportunidades para participar na tomada de decisões. |