Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Garcia, Tiago Selbach |
Orientador(a): |
Wender, Maria Celeste Osório |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/139987
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Resumo: |
Base teórica: o tratamento do carcinoma endometrial é feito através do estadiamento cirúrgico, que envolve histerectomia com salpingo-oforectomia bilateral e linfadenectomia pélvica e para-aórtica. Questiona-se o benefício da linfadenectomia sistemática em todos os pacientes, já que o risco de disseminação linfática em tumores de baixo risco é pequeno e não há evidências de benefício terapêutico em sua realização. Desse modo, tentam-se encontrar modos de determinar, na avaliação pré-operatória, quais são os pacientes que poderão se beneficiar da linfadenectomia e aqueles que podem prescindir do procedimento. Objetivos: avaliar a concordância da avaliação anatomopatológica entre a amostra endometrial pré-operatória e a peça cirúrgica das pacientes submetidas a tratamento cirúrgico primário do carcinoma de endométrio, correlacionando com características das pacientes e das amostras da patologia. Métodos: foram incluídos pacientes submetidos a tratamento cirúrgico para carcinoma de endométrio que tinham diagnóstico pré-operatório através de amostragem endometrial. Os prontuários foram revisados e as amostras disponíveis na instituição foram procuradas para posterior releitura por dois patologistas cegados para as demais informações anatomopatológicas. Resultados: foram incluídos 166 pacientes, com uma idade média de 64,6 anos. Das biópsias, 118 eram tumores endometrioides, 38 não-endometrioides e as demais, hiperplasia. As taxas de concordância foram de 93,2% para tumores endometrioides e 68,9% para não-endometrioides, com um índice kappa (k) de 0,73 para o tipo histológico. O grau tumoral distribui-se na amostra como G1 em 37,1%, G2 em 35,7% e G3 em 27,1%, com uma taxa de concordância de 61,5%, 56% e 78,9%, respectivamente, e k=0,46. Dos tumores G1, somente 1,9% teve upgrade para G3, em comparação com 16% das lesões G2. Não houve diferença estatística na taxa de concordância do tipo histológico e grau tumoral em função do local de execução da biópsia, método de amostragem e intervalo biópsia-cirurgia. Biópsias com pés > 3g tiveram uma concordância do grau tumoral significativamente melhor (p=0,040). Amostras de 105 pacientes estavam disponíveis no HCPA e foram reavaliadas por dois patologistas, com uma taxa de concordância interobservador geral de 73,3% (k=0,58) para o tipo histológico e 57,9% (k=0,54) para o grau tumoral. Conclusão: a acurácia da biópsia pré-operatória em predizer as características da peça cirúrgica não é ideal. Deve-se ter cuidado ao utilizar essa informação para determinar a extensão da cirurgia a ser realizada, sob risco de ser realizado subestadiamento. Estas baixas taxas de concordância correlacionam-se também com as baixas taxas de concordância interobservador. Novos sistemas de graduação e equipes de especialistas são possibilidades para melhorar esta questão. |