Estresse hídrico na germinação de sementes e crescimento de mudas de Mimosa scabrella Benth

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Avrella, Eduarda Demari
Orientador(a): Fior, Claudimar Sidnei
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/184362
Resumo: Em condições naturais, as plantas estão sujeitas a estresses que limitam seu desenvolvimento e suas chances de sobrevivência. Algumas dessas limitações são devidas à influência de fatores ambientais, como a salinidade, déficit ou saturação hídrica. Portanto, a utilização de espécies nativas adaptadas, ou com capacidade de tolerância a estas condições, aumenta as chances de sucesso em um reflorestamento. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a germinação de sementes e o desenvolvimento inicial de mudas de Mimosa scabrella Benth. submetidas a diferentes níveis de salinidade, déficit e saturação hídrica. Para tanto, sementes foram submetidas à quebra de dormência pelo método de imersão em água quente (90 ºC) até o resfriamento. A germinação foi testada por soluções de NaCl e PEG 6000 nos potenciais osmóticos de 0,0; -0,15; -0,3; -0,45; -0,6; -0,9 e -1,2 MPa. Enquanto para o desenvolvimento inicial das mudas, utilizou-se soluções de NaCl nos potenciais de 0,0; -0,1; -0,2; -0,3 e -0,4 MPa, associadas a um fertilizante de liberação lenta. Outro estudo foi conduzido com déficit e saturação hídrica, onde os tratamentos de déficit foram definidos pela capacidade de vaso do substrato (100, 75, 50, 25 e 10%) e, para a saturação, foram definidas três lâminas de água (controle, 1/3 e 2/3). Utilizou-se delineamento inteiramente casualizado, e os dados foram submetidos à analise de variância (ANOVA), regressão, correlação de Pearson, e contrastes ortogonais para o efeito do fertilizante Os resultados mostraram que a germinação foi mais afetada pelo PEG 6000, pois houve redução drástica a partir de -0,3 MPa, tornando-se nula a partir de -0,6 MPa, enquanto para o NaCl foi próximo a zero somente em potencial de -1,2 MPa. O déficit influenciou o desenvolvimento das mudas, apresentando redução no crescimento a partir do tratamento de 50% da capacidade de vaso. Contudo, na restrição hídria até 25% as plantas apresentaram capacidade de se estabelecer, e em 10% a sobrevivência foi bastante elevada (97%), embora sem crescimento expressivo. A saturação não demonstrou efeito severo no desenvolvimento das mudas, pois verificou-se que em 30% acima da capacidade de vaso não houve declínio, e em 60% teve baixa interferência (16,49% no diâmetro e para altura, não houve diferença entre os tratamentos). Em relação à salinidade, na comparação de cada potencial osmótico em relação à presença da adubação, nos menores níveis de salinidade (0,0; -0,1 e -0,2 MPa) as plantas adubadas apresentaram resultados superiores, e que em elevados níveis (-0,3 e -0,4 MPa) não houve influência da adubação. No entanto, a elevada salinidade não influenciou o desenvolvimento das mudas nos tratamentos que não receberam adubação. Assim, os resultados apontam que a bracatinga é uma espécie promissora para o cultivo em solos salinos ou com condições de estresse hídrico moderado, tanto em déficit quanto em saturação, pois a germinação e o desenvolvimento inicial das mudas ocorreram de forma satisfatória em condições análogas a essas.