Narrativas acadêmicas e midiáticas produzindo uma geração digital

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Bortolazzo, Sandro Faccin
Orientador(a): Costa, Marisa Cristina Vorraber
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/128901
Resumo: Inscrita no referencial teórico da vertente pós-estruturalista dos Estudos Culturais em Educação, esta tese procura mostrar a produção de uma Geração Digital a partir da interlocução entre narrativas acadêmicas e midiáticas. Discute as condições culturais que têm permitido atrelar crianças e jovens a um rótulo geracional específico e sinaliza um denominador comum balizado pela conexão desses sujeitos com artefatos eletrônicos digitais, a exemplo de computadores e telefones celulares. A pesquisa mapeou as variadas narrativas acadêmicas que demarcam uma geração conectada às tecnologias digitais, dando destaque aos estudos de autores reconhecidos nesse debate como Tapscott, Prensky, Carr, entre outros. O mapeamento das narrativas midiáticas acerca dessa geração foi realizado mediante uma análise das reportagens de capa de duas revistas semanais – Veja e Época – no período de 1998 a 2013. O foco central da tese recaiu sobre as interlocuções entre as narrativas acadêmicas e midiáticas, destacando-se aí a emergência de certas representações e saberes que circulam sobre essa parcela da população jovem. O referencial teórico da pesquisa compôs-se de autores que discutem os conceitos de identidade, geração, narrativa, representação e cultura digital, com destaques à Bauman, Rose, Hall, Lister, Buckingham, entre outros. Os resultados da pesquisa expõem uma geração que vem sendo instituída por narrativas que apontam a convivência, familiaridade e extraordinária habilidade para operar aparatos digitais como o que distingue os digitais dos sujeitos de outras gerações. Observou-se que, ao associar determinadas características a crianças e jovens, tais como a destreza em operar smartphones e tablets, as narrativas acadêmicas e midiáticas acabam produzindo verdades sobre nossa sociedade e os sujeitos que nela vivem. Tais narrativas sinalizam também para os perigos da imersão de crianças e jovens no universo digital – riscos que se encontram ancorados, frequentemente, nas falas de especialistas provenientes de distintas áreas de conhecimento. Ambas as narrativas sublinham o quanto a ideia de velocidade e consumo estão intrinsicamente relacionadas às tecnologias digitais, o que vem permeando também a convocação ao uso dos aparatos tecnológicos nos espaços escolares.