Avaliação colorimétrica da presença de eflorescência em corpos cerâmicos de argila vermelha com ação de íons cálcio e sulfato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Parisotto, Adaiane
Orientador(a): Alves, Annelise Kopp
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/201381
Resumo: O objetivo deste trabalho foi determinar as principais causas para o surgimento do sintoma da eflorescência em argila vermelha, com base no estudo da migração dos íons sulfato e cálcio em direção à superfície da peça. Para tal, foram adicionados a uma cerâmica vermelha diferentes teores de sulfato de cálcio (0, 5, 10 e 15 % em peso). Para o processamento cerâmico, foi usada a conformação por prensagem uniaxial (40 Mpa) e queima das peças em forno elétrico nas temperaturas de 900, 1000 e 1100 °C, com taxa de aquecimento de 2,5 °C/min e 1 h de patamar na temperatura máxima. As peças cerâmicas assim obtidas foram caracterizadas quanto a retração linear de queima, porosidade aparente, absorção de água e resistência mecânica. Para analisar a mobilidade dos íons SO4-² e Ca+², realizou-se ensaios de lixiviação (ABNT NBR 10005), solubilização (ABNT NBR 10006) e eflorescência, com imersão das peças em água ultrapura tipo 1 até a metade de sua altura. Para o ensaio de eflorescência, a cada 7 dias a água em contato com as peças foi coletada e o teor de cálcio e enxofre foi determinado por ICP. A fim de quantificar o fenômeno da eflorescência, uma metodologia por análise de imagem usando o software gráfico image Tools e um colorímetro foi desenvolvida. Pode-se constatar que os resultados obtidos possibilitaram reconhecer que à metodologia embasada em análise de imagens demonstrou-se muito apropriado para quantificar a eflorescência em corpos cerâmicos à base de argila vermelha, reduzindo as incertezas associadas a uma análise visual. Observou-se que os íons cálcio apresentam maior mobilidade do que o íon sulfato até 14 dias de imersão. Porém, considerando tempos maiores, constatou-se que a diferença entre as concentrações dos íons foi menor. Observou-se que o aparecimento do fenômeno da eflorescência está diretamente ligado à porosidade, à concentração de sal e à capacidade de penetração de água nos corpos cerâmicos. Os ensaios de lixiviação e solubilização mostram-se excelentes ferramentas para investigação da ocorrência deste fenômeno, possibilitando, de maneira confiável, que se utilizem estes dados para estimar o desenvolvimento da eflorescência em corpos cerâmicos a base de argila vermelha.