Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Fink, Jaqueline da Silva |
Orientador(a): |
Mello, Elza Daniel de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/131166
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Resumo: |
Base teórica: Desnutrição é mundialmente prevalente em hospitais, e contribui para o aumento da morbimortalidade dos pacientes. Métodos de avaliação do estado nutricional estão disponíveis, mas são limitados quanto à viabilidade em contexto hospitalar. A Avaliação Subjetiva Global (ASG) é uma ferramenta válida que, na falta de um padrão-ouro, é considerada padrão de referência para avaliação nutricional de pacientes hospitalizados. Entretanto, a validade da ASG limita-se à experiência do avaliador em lidar com a subjetividade do método, para a correta elaboração do diagnóstico. Objetivo: Desenvolver e verificar o desempenho de um novo instrumento de avaliação nutricional, com base na Teoria de Resposta ao Item (TRI), a partir das questões da ASG, em pacientes adultos hospitalizados. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, composto por base secundária de dados, formada por adultos hospitalizados incluídos entre outubro de 2005 e junho de 2006. Os pacientes foram avaliados nas primeiras 72 horas após sua admissão hospitalar quanto a características clínicas e nutricionais, incluindo a aplicação da ASG, conforme prevista pelos seus autores de origem. Dividiu-se a amostra aleatoriamente, de maneira que dois terços dos pacientes compusessem a amostra de desenvolvimento do novo instrumento, e um terço a amostra de verificação do seu desempenho. O instrumento de avaliação nutricional proposto foi desenvolvido através da utilização dos modelos cumulativos da TRI. A capacidade do instrumento em diagnosticar corretamente o estado nutricional foi comparada a valores de exames laboratoriais, índice de massa corporal e ocorrência de desfechos clínicos, por meio de testes para igualdade de proporções. Resultados: De um total de 1503 pacientes avaliados, a média de idade foi de 55,5±16,1 (19-94) anos, 52,7% do sexo feminino. Primeiramente, mantiveram-se no modelo estatístico as questões da ASG qualitativas e mais informativas, excluindo-se as quantitativas e que apresentassem informações semelhantes. Pacientes com dados faltantes também foram excluídos, compondo uma amostra de 826 indivíduos para o desenvolvimento do novo instrumento de avaliação nutricional e 407 para a amostra de verificação do seu desempenho. A etapa de ajuste dos itens demonstrou pouca contribuição de questões relativas à diarreia, capacidade funcional e edemas para o diagnóstico nutricional. Ainda, itens relativos à perda de peso, ingestão alimentar e demanda metabólica apresentaram melhor desempenho dicotomizados. As questões mais informativas para a diferenciação do estado nutricional entre os pacientes foram, respectivamente, perda de gordura, perda muscular e perda de peso. Após ajuste dos itens, propôs-se o “Escore de Avaliação Nutricional” (Nutritional Assessment Score - NAS), com reduzido número de questões, e menos itens politômicos, em comparação à ASG. O NAS mostrou-se relacionado a variáveis clinicamente relevantes (óbito, infecção, longa permanência hospitalar, albumina sérica e índice de massa corporal), em ambas as amostras. Conclusão: Os resultados apontam para a validade do NAS em detectar, de maneira acurada, o estado nutricional de pacientes hospitalizados. Seu desenvolvimento sinaliza avanço na busca por um método de avaliação nutricional factível e com menos suscetibilidade a erros decorrentes de subjetividade, em comparação à ASG. |