Aspectos ecológicos de acarofauna em pomar orgânico de tangerina tangor "Murcott" em Montenegro, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bressan, Luciana Ribeiro
Orientador(a): Ott, Ana Paula
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/196941
Resumo: A citricultura orgânica no Brasil possui uma área plantada em torno de 1 milhão de hectares apresentando produção superior a 19 milhões de toneladas/ano. Entre os problemas fitossanitários presentes na citricultura orgânica figuram várias espécies de ácaros fitófagos que ocasionam danos e reduzem a produção. Com este trabalho objetivou-se conhecer aspectos ecológicos como diversidade, sazonalidade, distribuição espacial e a associação da acarofauna a galerias de Phyllocnistis citrella em dois pomares de tangerineira Tangor ‘Murcott’ com manejo orgânico no município de Montenegro, RS. Amostragens mensais foram realizadas de maio de 2012 a fevereiro de 2013 onde foram coletadas folhas de diferentes locais das tangerineiras. Todos os ácaros foram retirados das folhas e sua presença na face abaxial e adaxial foi contabilizada. Registrou-se 6.641 ácaros adultos, pertencentes a 40 morfoespécies distribuídas em 15 famílias. As espécies mais abundantes foram Tegolophus brunneus, Brevipalpus phoenicis, Tarsonemus sp. 1, Amblyseius saopaulos e Tetranychus urticae. Os pomares não apresentaram diferenças estatísticas quanto a sua diversidade e similaridade. Na análise geral, a comunidade apresentou preferência pelo lado externo da copa das tangerineiras. Entre as espécies, B. phoenicis apresentou correlação positiva ao lado interno da copa. A análise de componentes principais indicou correlação entre Acaridae morfo 1, Tarsonemus sp. 1, A. saopaulos e Dendroptus sp. ao quadrante Leste, A. brasiliensis a Oeste, B. phoenicis ao Norte e T. brunneus ao Sul. Em relação à idade das folhas, Acaridae 1, A. saopaulos, B. phoenicis, T. brunneus e Tarsonemus sp. 1 estiveram associadas às folhas maduras. T. brunneus apresentou preferência pela face adaxial das folhas, enquanto as demais espécies foram mais abundantes na face abaxial das folhas de tangerineira. Tarsonemus sp.1 e T. urticae apresentaram associação positiva à minas de P. citrella. O menor número de ácaros foi registrado no inverno e o maior no verão, confirmando o padrão de sazonalidade conhecido para a acarofauna. A análise biológica dos dados sugere a relação predador-presa entre A. saopaulos e T. urticae.