Cultura organizacional, lugar e memória : representações de espaço e tempo em dois restaurantes em Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Fantinel, Letícia Dias
Orientador(a): Cavedon, Neusa Rolita
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/15022
Resumo: Este estudo busca desvendar aspectos da cultura organizacional de dois restaurantes pertencentes à mesma rede, compreendendo sua dimensão simbólica através de representações de espaço e tempo, e desenvolvendo comparações acerca de suas semelhanças e diferenças. Em virtude da complexidade do tema, foram utilizados aportes teóricos da Antropologia e outras ciências humanas. Partese do pressuposto de que a compreensão das representações sociais pode servir de fundamento para a interpretação do universo simbólico organizacional. Sob essa ótica, a adaptação dos modelos de gestão à cultura organizacional é uma maneira de gerarem-se ações administrativas que respondam às necessidades organizacionais. Uma das organizações localiza-se no centro histórico da capital gaúcha (Chalé da Praça XV, um espaço antigo, anteriormente valorizado e hoje um tanto degradado sob vários aspectos), e a outra, em um shopping center (Bistrô do shopping, relativamente distante do centro, área privada, mais valorizada pela população). O método etnográfico foi utilizado na identificação das representações que circulam nos dois espaços. As visitas foram realizadas em iguais períodos de tempo em ambos os restaurantes, totalizando um período de cinco meses em campo. Foram identificadas as representações de tempo e espaço elaboradas por funcionários, clientes e administradores das duas organizações, e desvendadas as homogeneidades e heterogeneidades das culturas organizacionais presentes nas duas empresas, sob a perspectiva das representações encontradas. As categorias de análise foram as seguintes: contexto em que os restaurantes estão inseridos, diferentes espaços e tempos dos restaurantes, relação com o passado da cidade, uniformes dos garçons, cardápios, música ao vivo, supervisão e gerência, clientes e representações acerca do outro restaurante. Os resultados indicam que as categorias de análise estabelecidas evidenciaram as heterogeneidades presentes nos dois espaços: o Bistrô, enquanto caracterizado como não-lugar, e o Chalé, lugar antropológico. Fez-se uma relação entre o que ocorre nos dois restaurantes e o que acontece no restante da cidade. Por fim, colocam-se algumas alternativas para que se pense a gestão dos estabelecimentos, atualmente administrados de maneira muito semelhante.