Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Lima, Murilo Campos Rocha |
Orientador(a): |
Revillion, Jean Philippe Palma |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/284115
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Resumo: |
Antes da pandemia, o consumo de vinho no Brasil era relativamente baixo em comparação com outros países produtores do Mercosul e com países tradicionalmente consumidores de vinho. O mercado brasileiro de vinhos era dominado por produtos importados, com os consumidores nacionais influenciados principalmente por fatores como preço, marca e tipo de uva. O vinho era visto como um produto elitizado, consumido principalmente em ocasiões especiais por pessoas de maior poder aquisitivo.Com o advento da COVID-19, o isolamento social transformou o comportamento do consumidor, levando a um aumento significativo no consumo de vinho no ambiente doméstico. O Brasil registrou um crescimento de enquanto outros países observaram queda durante o mesmo período. A pesquisa mostra que a pandemia trouxe uma democratização do consumo de vinhos, que passou a ser associado ao relaxamento em casa e à busca por momentos gastronômicos prazerosos. No período pós-pandemia, a pesquisa aponta para uma consolidação de novos hábitos de consumo, com destaque para a valorização de práticas sustentáveis por parte das vinícolas. A sustentabilidade tornou-se um fator cada vez mais importante na decisão de compra, com os consumidores demonstrando maior interesse por vinhos produzidos de forma ambientalmente responsável. Entre as práticas mais valorizadas estão o uso eficiente de água, a redução de agrotóxicos, a proteção da biodiversidade e o uso de insumos recicláveis.Além disso, o estudo revela que os consumidores passaram a valorizar mais vinhos de origem local e vinícolas que promovem a economia regional. No entanto, foi observada uma lacuna entre a valorização da sustentabilidade e a falta de informação sobre essas práticas na hora da compra, evidenciando a necessidade de mais transparência por parte das vinícolas. A tese utilizou uma abordagem mista, combinando revisões sistemáticas da literatura e pesquisa quantitativa por meio de questionários aplicados a consumidores brasileiros de vinho. Oestudo buscou entender as motivações, atitudes e fatores que influenciam o consumo de vinhos no Brasil. O questionário incluiu perguntas sobre aspectos sociodemográficos, hábitos de compra, conhecimento sobre vinhos e a importância de práticas sustentáveis na produção.Os resultados indicam que os consumidores brasileiros se tornaram mais atentos às práticas sustentáveis após a pandemia, dando grande importância a fatores como o manejo da água, a redução do impacto ambiental e o uso de certificações que garantam menor emissão de gases de efeito estufa. A pesquisa também revela que, embora a sustentabilidade seja altamente valorizada, muitos consumidores ainda têm pouco conhecimento sobre as práticas adotadas pelas vinícolas, o que sugere uma oportunidade para as empresas comunicarem melhor seus esforços em sustentabilidade.A tese conclui que a pandemia de COVID-19 acelerou as mudanças no comportamento do consumidor brasileiro de vinhos, consolidando novas preferências e demandas. A valorização da sustentabilidade e de práticas de produção responsáveis se destaca como uma das principais tendências para o futuro do mercado de vinhos no Brasil. |