Fatores de risco para gravidez ectópica em um hospital universitário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Quessada, Marilze Alves
Orientador(a): Naud, Paulo Sergio Viero
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/156007
Resumo: Introdução: A gestação ectópica (GE) corresponde a 6% das mortes maternas no primeiro trimestre, seu diagnóstico está fundamentado em dois exames complementares: ultrassonografia transvaginal (USTV) e dosagem do β-hCG sérico. Contudo, um erro muito comum dos profissionais de saúde é apreciar somente o exame complementar, sem considerar o quadro clínico e os fatores de risco. Usando uma coorte teórica com mais de 800 pacientes com diferentes incidências de GE, Mol e col. propuseram dois modelos probabilísticos para seu diagnóstico: Modelo Fixo e Modelo Flexível. O Modelo Fixo propôs o uso de uma zona discriminatória para os valores de β-hCG sérico, ou seja, concentração acima de 1500 mIU/ml deve haver evidência de gravidez intra-uterina, caso contrário é considerado um caso de EP. Entretanto, entre os dois modelos o Modelo Flexível apresentou melhor desempenho para o diagnostico de GE. Para o diagnostico é necessário a análise dos resultados da USTV, valores de β-hCG sérico, sinais e sintomas, e fatores de risco que consistem em: GE prévia, história de cirurgia tubária, tabagismo, uso de dispositivo intrauterino (DIU), história de ≥ três abortos espontâneos, infertilidade feminina, história de doença inflamatória pélvica (DIP), história de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e ter ≥ cinco parceiros sexuais. Objetivo: Avaliar a incidência, os fatores de risco e a presença de sinais e sintomas das mulheres no primeiro trimestre gestacional, atendidas no Setor de Emergência Ginecológica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).Método: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo realizado no período de 14 de abril de 2011 a 31 de dezembro de 2013 com mulheres com <12 semanas de gestação atendidas no Setor de Emergência Ginecológica do HCPA.Resultados: Foram incluídos no estudo 845 mulheres. A taxa de GE confirmada nesta população foi de 8,5% (95%IC= 6.8 a 10.6). Os fatores de risco mais relevantes para GE foram GE prévia (RR=4; 95%IC= 2.4 a 6.5) e história de cirurgia tubária (RR=2.8; 95%IC= 1.5 a 5.2). Pacientes assintomáticas e sem fator de risco têm uma chance de 5% de ter uma GE. Uma mulher grávida com dor e sangramento presentes e com fator de risco tem 52% mais chances de ter uma GE. Conclusão: A incidência diagnóstica confirmada de GE foi de 8,5% (95%IC= 6.8 a 10.6). Entre os fatores de risco para GE, os que apresentaram maior risco relativo foram, respectivamente, GE prévia e história de cirurgia tubária. Os sinais e sintomas mais relevantes para o diagnóstico de GE foram dor mais sangramento, que estão fortemente, relacionadas ao diagnóstico de GE.