Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Canto, Natália Rohenkohl do |
Orientador(a): |
Barcellos, Marcia Dutra de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/143321
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Resumo: |
Considerando-se a importância crescente e a complementaridade das temáticas de eco-inovação e de Gestão Sustentável da Cadeia de Suprimentos (GSCS), bem como a relevância do setor de alimentos no Brasil, este trabalho apresenta o objetivo de analisar como a eco-inovação contribui para a GSCS no setor de alimentos. Realizou-se um estudo de caso múltiplo em duas Cadeias de Suprimento Sustentáveis (CSSs) que possuem práticas eco-inovadoras: uma cadeia cuja empresa focal é eco-inovadora desde seu início (cadeia Alfa, born green); e outra cuja empresa focal está mudando seu posicionamento em prol da eco-inovação (cadeia Beta). A coleta de dados contou com materiais secundários, 20 entrevistas semiestruturadas e visitas in loco. Os resultados indicam que a eco-inovação é incorporada na estratégia da maioria das empresas. As principais práticas referem-se a produtos e processos eco-inovadores, sendo motivadas tanto por drivers internos (preocupações ambientais por parte dos gestores e busca por eficiência) quanto externos (pressões normativas e cooperação). Existe um alinhamento parcial das cadeias em favor da sustentabilidade, sendo que os relacionamentos mais próximos ocorrem entre o elo produtor e as indústrias. Foram encontradas relações com membros não tradicionais, como o terceiro setor e o governo. As principais barreiras à eco-inovação referem-se a questões técnicas, financeiras e concorrenciais. Questões relacionadas aos consumidores são vistas tanto como barreira (pelo desconhecimento e falta de atitude de compra) quanto como oportunidade (pelas tendências de sustentabilidade e alimentação saudável). Outra oportunidade refere-se à diferenciação frente a concorrentes e posicionamento da empresa. Os resultados indicam o elo produtor como o mais frágil da cadeia, pela necessidade de seguir rigorosamente a legislação, sem obter muitos incentivos governamentais que amparem perdas ou o remunerem pelos serviços ambientais prestados. O trabalho contribui ao expor a perspectiva de um país em desenvolvimento, salientando a importância da eco-inovação para uma GSCS mais competitiva, principalmente no caso de cadeias born green. A partir do investimento inicial da empresa focal em eco-inovação, esta busca ou desenvolve outros elos alinhados a estas práticas. Os dados encontrados apontam para a importância crescente do setor de alimentos eco-inovadores, que é uma ótima opção para empresas agregarem valor à sua imagem e seus produtos. |