Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Suñé, Anna Isabel Caputti Pereira |
Orientador(a): |
Barcellos, Julio Otavio Jardim |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/266984
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Resumo: |
Globalmente, identificação individual animal e rastreabilidade são reconhecidas como importantes componentes de segurança do alimento, manejo e saúde dos animais, determinação de origem, traceback, certificação e comércio, da mesma forma que desempenha um fundamental papel no controle de emergências sanitárias. A dificuldade do entendimento, a complexidade dos processos e os diferentes objetivos envolvidos, associados com frequentes alterações na legislação brasileira, determinam uma baixa adesão ao sistema voluntário brasileiro. Este trabalho buscou inicialmente a percepção de produtores rurais, membros e colaboradores do serviço veterinário oficial (SVO) do estado do Rio Grande do Sul e a correlação de seus perfis com conceitos e tendências de adoção ou rejeição da rastreabilidade. Os resultados indicaram uma simetria de entendimento entre os dois tipos de público alvo. Foi observado que os produtores mais jovens têm uma percepção mais dirigida aos conceitos de saúde, bem estar animal e sustentabilidade. De modo geral, produtores consideram a legislação, uso de tecnologia e desempenho do serviço veterinário oficial como os principais aspectos na governança pública do processo, e a melhoria da imagem do produto e do país como a principal oportunidade. A partir dos resultados preliminares de percepção, o estudo utilizou uma análise multicritério para a tomada de decisão (MCDA, em inglês) com dez representantes de segmentos da cadeia produtiva da carne bovina do Rio Grande do Sul. Mediante a estruturação do problema, foram apresentados aos experts, critérios (7) e alternativas (10), capazes de identificar potenciais soluções para o aumento do engajamento da rastreabilidade regional. A análise resultou nas seguintes perspectivas, definidas pelas intervenções propostas: i) implementação de um escopo legal regional; ii) uso da ferramenta para distensionar a relação entre produtor e indústria; iii) implementação de um esquema de identificação animal por geração nascida por ano; iv) instrumento para gestão da propriedade e certificação. Os mecanismos atuais de fomento à rastreabilidade como a adesão ao SISBOV e bônus de compensação não foram definidos como intervenções eficientes. Os atores da cadeia produtiva do Rio Grande do Sul valorizaram as propostas baseadas em um marco legal, não essencialmente novo, mas gradual, regional e menos burocrático. Percebemos que é preciso trilhar novos caminhos de forma articulada e multidisciplinar, como a identificação na geração de bezerros nascidos e o estreitamento das relações entre o produtor e a indústria. Assim, este trabalho subsidia a tomada de decisão para a construção conjunta de uma política pública regional voltada para a melhoria da rastreabilidade, gerando oportunidades competitivas, definindo o estado como o maior player em controle animal e garantindo melhor posicionamento nos mercados. |