Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Longoni, Lucas Schönhofen |
Orientador(a): |
Silva, Felipe Gonçalves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/185986
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Resumo: |
Quais os potenciais de transformação a Teoria Crítica poderia ainda suscitar em tempos de esvaziamento da ideia de proletariado? A teoria normativa precisa pressupor um ideal (expectacional) para amparar a prática emancipatória. Esse ideal precisaria, não obstante, para comportar certa dinâmica transformativa incluente da práxis, comprometer-se com a negação do campo das expectativas normativas, isto é, do plano da justificação das demandas por uma “vida boa”. Analisando essa dificuldade, própria de uma crítica com exigências de transcendência intramundana, especialmente pelo prisma da teoria do reconhecimento de Axel Honneth, verificamos que o autor buscaria juntar tanto a essencialidade dos conflitos como a ideia de normatividade na Luta por Reconhecimento a fim de poder fazer uma leitura racional e ainda fiel ao projeto de modernidade da sociedade. Verificamos assim que Honneth, apesar de agregar o conflito e a dinâmica de demandas possivelmente indeterminadas como questões para a teoria do reconhecimento e do processo de emancipação social, não se afasta plenamente do projeto de defesa da razão moderna como sustentáculo e princípio maior para amparar o progresso social seguro, tal como Habermas o sustenta na versão de uma ética do discurso. Para pôr esse projeto em perspectiva com o seu arquétipo de crítica, isto é, com o modelo que revela a necessidade de uma transcendência intramundana, buscamos interpretar o conceito de Pöbel (plebe) na Filosofia do Direito de Hegel. Esse conceito nos permite diferenciar dois tipos ideais no modo como se realiza e se ampara um juízo racional que tem por base a liberdade como chave de leitura do progresso. Com essa diferenciação tornamos mais claro o problema que envolve a relação entre teoria e práxis na efetividade da crítica social, pois os dois tipos ideais comportariam riscos assim como teriam seus benefícios, caso adotados em particular e em exclusão um do outro. A partir dessa identificação, procuramos elucidar que uma ética do reconhecimento deveria comportar uma meta-ética que lhe abrisse para momentos de questionamento do próprio conteúdo racional nas expectativas de justiça, dado que se abre a uma leitura em que a experiência tem primazia sobre a consciência, isso ao menos da perspectiva da “política”. Logo, sabendo que “a coruja de Minerva só alça voo ao entardecer”, não podendo assim ser guia último e absoluto do homem, o conceito de reconhecimento, caso queira ser base não só de uma ética, mas de uma política, necessitaria incluir um momento de “indeterminação produtiva” nos momentos lógicos que explicam sua dinâmica social. |