Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Spiazzi, Bernardo Frison |
Orientador(a): |
Gerchman, Fernando |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/282835
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Resumo: |
Os Inibidores do Transportador 2 de Sódio-Glicose (SGLT2) são fármacos hipoglicemiantes eficazes, tendo demonstrado reduzir desfechos cardiovasculares e renais não apenas em populações com diabetes tipo 2, mas também em populações com doença renal crônica ou insuficiência cardíaca, sem diabetes. No entanto, ainda há incerteza se esses benefícios são consistentes ao longo do espectro de risco de doença renal, especificamente entre os grupos de risco da relação albumina/creatinina urinária (UACR) e da classificação de risco da Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO), que combina taxa de filtração glomerular estimada e UACR para estabelecer prognóstico. Além disso, considerando a expansão das indicações terapêuticas desses agentes e a sua ampla utilização na prática clínica, é de extrema importância estabelecer a segurança desses fármacos. Neste contexto, subsistem também incertezas relativamente aos potenciais efeitos dos inibidores do SGLT2 no risco de incidência de câncer e no risco de morte por câncer. No presente trabalho, por meio da realização de revisões sistemáticas e metanálises, avaliamos essas questões. Nossos resultados indicam que o efeito dos inibidores do SGLT2 em eventos cardiovasculares maiores parece ser diferente entre os grupos de risco KDIGO e UACR, com maiores reduções de risco relativo e absoluto na extremidade superior do espectro de risco. Da mesma forma, foi observada uma interação entre grupos de risco de UACR e desfechos compostos de insuficiência cardíaca e cardiorrenais que incluíram morte cardiovascular. Para outros desfechos cardiovasculares e renais, não foi observada interação entre os grupos de risco KDIGO e UACR, embora tenham sido observadas maiores reduções de risco absoluto em grupos com maior risco medido por esses marcadores. Referente ao risco de câncer, o tratamento com inibidores do SGLT2 não aumentou o risco global de incidência de câncer ou de mortalidade por câncer. Da mesma forma, não foi observada diferença entre indivíduos tratados com inibidores de SGLT2 e aqueles tratados com intervenções de controle na incidência de câncer sítio-específico. Os resultados do Trial Sequential Analysis indicaram que o atual tamanho de informação tem poder adequado para tirar conclusões para a população e desfechos neoplásicos estudados, e é improvável que novos estudos mudem estes resultados. Em resumo, a classificação KDIGO e os grupos UACR anteciparam os efeitos absolutos dos inibidores do SGLT2 nos desfechos cardiovasculares e renais, demonstrando também maiores reduções de risco relativo em grupos de maior risco para alguns desfechos cardiovasculares e cardiorrenais compostos, fornecendo informações úteis para a tomada de decisões clínicas. Além disso, nossos resultados não indicam risco aumentado de câncer com inibidores de SGLT2, fornecendo dados de segurança tranquilizadores sobre o uso desses agentes. |