Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Schwingel, Gustavo Brum |
Orientador(a): |
Gottfried, Carmem Juracy Silveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/194860
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Resumo: |
O composto dimetilsulfóxido (DMSO) é um veículo aprótico e anfipático usado em diversos estudos na pesquisa biomédica para solubilizar e carrear moléculas diferentes, podendo transportar compostos através de barreiras biológicas em administrações por via oral, intravenosa, intraperitoneal e tópica. Essa molécula também apresenta importantes propriedades analgésicas e anti-inflamatórias. No presente trabalho, avaliamos densidade, número e forma de espinhos dendríticos no subnúcleo póstero-dorsal da amígdala medial (MePD) de ratos Wistar adultos expostos ao DMSO durante o período gestacional. O DMSO, nesse caso, foi empregado como veículo do antioxidante e anti-inflamatório resveratrol (RSV), utilizado por nosso grupo como uma importante estratégia preventiva de características do tipo autista no modelo animal de autismo induzido por administração pré-natal de ácido valproico (VPA, solubilizado em salina 0,9%). O desenho experimental compreende 5 grupos de animais machos de 120 dias: (1) Näive (animais sem nenhuma intervenção); (2) Veículos DMSO (7,2 M, 1:2 em salina 0,9% v/v - 100 μL/kg/dia por via subcutânea, durante os dias Embrionários E6,5 ao E18,5) e salina 0,9% por via intraperitoneal, no dia E12,5; (3) RSV (3,6 mg/kg, uma injeção subcutânea diária do E6,5 ao E18,5) ou (4) VPA (600 mg/kg, uma injeção intraperitoneal no dia E12,5) e (5) RSV + VPA (administrados conforme indicado nos grupos 3 e 4). Para nossa surpresa, verificamos que os animais dos 4 grupos expostos aos tratamentos pré-natais apresentaram uma surpreendente e significativa diminuição na densidade e no número de espinhos dendríticos na MePD em relação ao grupo Näive. Esses dados indicam que o efeito observado está relacionado com a administração do veículo DMSO, visto que os grupos 2-5 apresentaram o mesmo perfil, independente ou não da administração de RSV ou VPA. A vulnerabilidade do MePD a estes fatores ambientais durante o período gestacional, pode estar associanda ao impacto de 13 injeções subcutâneas de DMSO em um período crítico da gestação, concomitante com um possível efeito sobre a atividade de receptores de estrogênio (ER), que sabidamente modulam densidade de espinhos dendríticos. Publicações anteriores do nosso grupo mostram que o RSV foi capaz de prevenir importantes alterações moleculares e comportamentais do tipo autista no modelo VPA. O presente trabalho indica que o mecanismo preventivo do RSV observado previamente não foi prejudicado pelas alterações encontradas na MePD. Assim, estudos futuros serão necessários para elucidar as vias biológicas envolvidas nessa drástica alteração em número e forma de espinhos dendríticos na MePD, como por exemplo o comportamento sexual, já bem muito bem relacionado com essa região. Os presentes dados também apontam para o uso cauteloso e a relevância de entender os efeitos bioativos de solventes comumente usados no campo da pesquisa. |