Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Schmidt, Luana |
Orientador(a): |
Augusti, Paula Rossini |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/197360
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Resumo: |
O consumo de vinho tinto tem crescido noss últimos anos em função de suas características sensoriais e funcionais, sendo esta última associada às concentrações consideráveis de compostos fenólicos, entre eles, flavonóides, antocianinas, flavonóis, ácidos fenólicos e estilbenos. Um dos principais contaminantes deste produto é a micotoxina ocratoxina A (OTA), produzida por fungos dos gêneros Aspergillus e Penicillium e com efeitos tóxicos conhecidos. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da presença de OTA em vinho Cabernet Sauvignon sobre o perfil de compostos fenólicos, atividade antioxidante in vitro e efeito sobre marcadores de danos oxidativos em Caenorhabditis elegans. O vinho Cabernet Sauvignon livre de OTA foi adicionado de concentrações crescentes da OTA (1, 2 e 4 μg L-1) e os ensaios realizados 24h após a adição da micotoxina. As amostras de vinho foram submetidas a análise de identificação e quantificação dos compostos fenólicos utilizando Cromatografia Líquida de Alta Eficiência, acoplado ao Detector de Arranjo de Diodos e ao espectrômetro de massas (HPLC-DAD/MS). O potencial antioxidante in vitro do vinho foi avaliado pelos ensaios da 2-desoxirribose, oxidação da glutationa (GSH), método ABTS e método ORAC. A avaliação de dano oxidativo in vivo foi realizada utilizando o nematoide C. elegans através de exposição dos vermes às amostras por 30 minutos. Após a exposição, a taxa de sobrevivência, geração de espécies reativas de oxigênio (EROs), lipoperoxidação (LPO) e expressão das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT) foram avaliadas.O vinho livre de OTA apresentou elevado potencial antioxidante em todos os ensaios in vitro (p ≤ 0,05) e foram identificados e quantificados 23 compostos fenólicos (11 antocianinas, 3 flavonols, 7 ácidos fenólicos e 2 derivados estilbenos) A adição de OTA em todas as concentrações induziu aumento (p ≤ 0,05) na geração do radical hidroxil (•OH) e reduziu a capacidade do vinho de proteger a GSH da oxidação induzida pelo H2O2. Concomitantemente, o vinho em presença de OTA apresentou menores níveis (p ≤ 0,05) de flanonols, antocianinas e ácidos fenólicos quando comparado ao vinho livre de OTA. A adição de OTA ao vinho tinto induziu uma menor geração de EROs e isso pode estar associado ao aumento da expressão da SOD (p ≤ 0,05) quando comparado ao vinho livre de OTA. A expressão de CAT foi alterada (p ≤ 0,05) apenas na menor concentração de OTA (1 μg L-1), o que pode estar associado ao aumento dos níveis de LPO observadas neste grupo. Assim, o presente estudo demonstra a importância de se avaliar a interação entre compostos benéficos e contaminantes presentes na dieta humana. |