O acesso da mulher ao ensino superior na Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Costa, Priscila Trarbach
Orientador(a): Ferraro, Alceu Ravanello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/148559
Resumo: O presente trabalho é resultado de investigação sobre o acesso da mulher no ensino superior na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no período de 1970 a 2015/1. A análise do percurso histórico trilhado pelas mulheres em sua luta pelo direito à educação revela que elas permaneceram por um longo tempo à margem dos processos educacionais, sobretudo no que se refere ao ensino superior no Brasil, historicamente caracterizado como um espaço de formação exclusivamente masculino. Inúmeras barreiras, sobretudo políticas, sociais e culturais, tiveram de ser rompidas para que as mulheres pudessem aceder a esse nível de ensino que, num primeiro momento, restringiu a presença feminina a áreas específicas, contribuindo, dessa forma, para a disseminação e reforço de concepções errôneas e estereotipadas, em parte ainda vigentes, de que a capacidade intelectual feminina se reduz a determinadas áreas do saber, principalmente àquelas relacionadas às Ciências Humanas e Sociais. A pesquisa empírica consistiu na coleta, tabulação, representação gráfica e análise dos dados sobre alunos e alunas ingressantes na UFRGS no período de 1970 a 2015/1, obtidos junto à Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD), objetivando confrontar entre si, em termos de acesso ou presença feminina ao longo do período elencado, as oito grandes áreas do conhecimento em que são classificados os cursos de graduação da UFRGS, bem como refletir sobre as desigualdades de gênero verificadas nessas diferentes áreas do ensino superior, com atenção também para os possíveis fatores que mantêm homens e mulheres restritos a determinadas áreas do saber. A análise detalhada dos dados revelou que, apesar do crescimento do número de mulheres ingressantes no ensino superior, o acesso da mulher na UFRGS não se deu de forma homogênea, isto é, de forma ampla e de maneira a contemplar todas as áreas do saber. Com efeito, as mulheres ainda permanecem minoria em algumas áreas tradicionalmente ditas “masculinas”, como, por exemplo, as áreas de Ciências Exatas e Tecnológicas. Dessa forma, foi possível perceber que a trajetória escolar diferenciada para meninos e meninas, que foi sendo historicamente construída e reforçada ao longo do tempo, imprime, ainda hoje, fortes marcas na educação superior.