A educação ambiental nas escolas como subsídio para o gerenciamento costeiro: o caso de Maquiné, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gonçalves, Cristina Marin Ribeiro
Orientador(a): Gruber, Nelson Luiz Sambaqui
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/179657
Resumo: O município de Maquiné/RS situa-se na microregião do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, na escarpa de transição entre as Unidades Geológicas do Planalto Meridional e da Planície Costeira, e compreende um conjunto rico e complexo de atributos ambientais e antropológicos. Este contato abriga remanescentes da Mata Atlântica do Rio Grande do Sul, Reservas Biológicas, Terras Indígenas e constitui-se num Corredor ecológico da Es-tação Ecológica Aratinga, APA Osório, Parque Nacional da Serra Geral e Parque Nacional Aparados da Serra. Importante pelas suas belezas e características naturais bem como pela diversidade cultural, tem se considerado seu grande potencial Ecoturístico. O presen-te trabalho fundamenta-se na hipótese de que a Educação Ambiental é abordada nas es-colas de forma superficial, partindo em sua maioria de projetos individualizados de educa-dores e gestores escolares, sendo deficitário o apoio e projeção por parte dos órgãos go-vernamentais. A presente pesquisa objetiva a análise da existência da Educação Ambien-tal na comunidade política e educacional no município de Maquiné como subsídio para o Gerenciamento Costeiro e como isso afeta a preservação /conservação ambiental A me-todologia adotada caracteriza-se pela aplicação e análise de: duas entrevistas estrutura-das, uma para Educadores Ambientais, que foram indicados pela Direção da escola, e outra para Educandos, totalizando cento e onze entrevistados; duas semiestruturadas, uma para Secretários Municipais, e Diretores de escola e outra Educadores Ambientais, totalizando doze entrevistados; e registros fotográficos de ações de Educação Ambiental. As pesquisas foram realizadas presencialmente, contemplando Secretários de Educação e Meio Ambiente, cinco escolas e seus respectivos Diretores, Educadores Ambientais (cinco) e Educandos (cento e nove), sendo uma escola urbana, uma rural, uma escola indígena e duas em território quilombola. A partir de um total de cento e vinte e sete en-trevistas realizadas, salientam-se os seguintes resultados, conclusões e proposições do trabalho a) existe interesse por parte do poder público na realização de ações da Educa-ção Ambiental nas escolas, conforme relato pelos Secretários, mas não existe incentivo efetivo constatado a partir das entrevistas com Educadores Ambientais e Diretores de Es-colas em sua totalidade; b) as pesquisas realizadas com os Educadores Ambientais apon-tam que mais da metade (sessenta por cento) não possui formação específica em Educação Ambiental, existindo a necessidade de promover essa formação para esses educado-res; c) os trabalhos de Educação Ambiental na comunidade devem ser ampliados, pois o resultado da pesquisa aponta que oitenta por cento dos entrevistados não observa mu-danças na comunidade após as aulas de Educação; d) a aceitação por parte dos educan-dos com relação à Educação Ambiental é positiva, aproximadamente setenta e três por cento tem vontade de ter mais aulas de Educação Ambiental. Sugerimos, com base nos resultados que para maior eficácia, os trabalhos na comunidade devem ser ampliados, atingindo todas as suas esferas, fomentando mecanismos de atuação junto ao coletivo da sociedade para o bem comum.