Capacidades de inovação em empresas de software do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Dornelles, Romulo Marques
Orientador(a): Zawislak, Paulo Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/111801
Resumo: A inovação sempre esteve presente em todas as civilizações, e aquelas que entenderam a sua importância dominaram uma tecnologia, prosperaram e colheram lucros extraordinários, gerando riquezas. No contexto do setor de serviços, a tecnologia da informação tem despontado nas últimas décadas como um agente propulsor da inovação para as organizações usuárias da TI. Porém, ao analisar as empresas fornecedoras de software brasileiras e gaúchas, um componente importante da TI, percebe-se um setor pulverizado e formado em grande maioria (96%) por microempresas e empresas de pequeno porte e que, apesar de indicadores de crescimento de demandas internas acima da média mundial de TI, apresentam dificuldades em tornar-se competitivas no cenário mundial. A saber, o Brasil ocupa a posição de 60º em 2013 no ranking de competitividade global no setor de TI, conforme 12º Relatório Global de Tecnologia da Informação, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial(CANALTECH CORPORATE, 2014). Assim, o presente trabalho busca identificar as diferentes combinações de capacidades de inovação em empresas de software do Rio Grande do Sul e assuntos adjacentes à inovação. Para tanto, foram investigadas, por meio de um estudo exploratório, nove empresas produtoras de software, classificadas em dois tipos: prestadoras de serviços e software houses. Como resultado, observou-se nas empresas prestadoras de serviços uma atuação reativa em suas ações no que tange à inovação, além da dependência de seus clientes em relação à prestação do serviço, tornando-as dependentes destes em relação às estratégias de inovação. Percebeu-se ainda nesse grupo a predominância da capacidade de operação, e que, com o incremento de porte e/ou passar do tempo (idade), desenvolvem a capacidade de gestão. Já nas software houses, idenficou-se uma atuação mais proativa em relação ao desenvolvimento e monitoramento tecnológico, sendo consideradas mais independentes e autônomas quanto às suas estratégias de inovação. Nestas, foram observados dois padrões de capacidades de inovação. O primeiro, formado por empresas que possuem as capacidades de desenvolvimento e de gestão predominantes e com foco na gestão da inovação. Já no segundo padrão ocorre a predominância da capacidade de transação e as empresas são focadas em negócios, além de estarem em busca de novos produtos. Observou-se ainda, nas software houses, que idade e/ou porte não apresentam influência na configuração das capacidades de inovação, obedecendo o ciclo de vida de seus produtos. Em uma análise geral das empresas produtoras de software, identificou-se o quanto estas encontram-se distantes da geração de inovações que possam trazer lucros extraordinários; essas empresas, em sua maior parte, caracterizam-se pela predominância das capacidades de gestão e de operação, que, como consequência, geram inovações por melhorias em processos e/ou de cunho organizacional. Por fim, identificou-se um setor ambíguo, em que as empresas caracterizadas como prestadoras de serviços apresentam as características inerentes de serviços, e as empresas classificadas como software houses apresentam características do setor industrial.