Do cais à cidade e da cidade ao cais : o protagonismo do Porto Velho no processo de desenvolvimento socioespacial da cidade do Rio Grande - RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Couto, Perla Duarte do
Orientador(a): Strohaecker, Tania Marques
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/198650
Resumo: A presente pesquisa analisa o processo da formação da cidade do Rio Grande tendo o Porto Velho como fio condutor das relações socioespaciais que resultaram na paisagem urbana nos dias atuais. Nesta perspectiva, o porto assume, na atualidade, o papel de um espaço catalisador das transformações urbanas, seja através dos atributos históricos (simbólicos) e/ou estruturais (funcionais). O processo em curso foi analisado e revelado a partir dos seus usos, apropriações e conteúdo espacial, pelo espaço-tempo de acordo com o movimento dialético e as transformações processuais entre a forma, função e estrutura. A fim de fundamentar este estudo de caso, na busca dos pressupostos da geografia urbana e das transformações espaciais, a contribuição de autores, tais como Santos (1985) (1998), Corrêa (2004), Limonad (2003), Lefebvre (1991), Sànchez (2010), Martins (2006), entre outros, foi fundamental. Nestes termos, a cidade do Rio Grande, em se tratando de uma cidade portuária, pressupõe articulações entre as políticas e escalas que condicionam e são condicionadas pela ordem próxima e distante, das convergências e divergências, elementos que foram abordados neste estudo de caso. Estas variáveis articuladas resultam no espaço diferencial, revelado através da análise do local, onde encontramos as nuances dos diferentes tempos vinculados ao processo da formação urbana que perpassa os distintos períodos: a cidade militar, política, comercial, industrial e, por fim, da indústria naval. O local contém as relações entre as dimensões política, econômica e social, imbricadas com as diferentes escalas geográficas que, por conseguinte, resultam no produto socioespacial, isto é, o local onde a vida cotidiana se revela na materialidade através da práxis, das estratégias e atuações dos diferentes agentes. Neste contexto, o Porto Velho ressurge com a proposta de um espaço com potencial transformador pelas possibilidades e estratégias em face à revitalização. Até o presente momento, o projeto da revitalização permanece inacabado, porém nesta trajetória a área do cais do Porto Velho passou a ser apreciada para as atividades de lazer e sob o olhar da geração de emprego e renda, e pelo interesse de transformá-lo em atrativo turístico vinculado às amenidades históricas e belezas cênicas. A pesquisa teve como recorte espacial o Porto Velho da cidade do Rio Grande, enquanto referência ao processo de formação socioespacial, analisando-se pelo viés do planejamento as premissas, o compromisso e o desafio de equalizar os diferentes usos frente às velhas formas e as novas propostas de apropriação da área do cais Porto Velho e sua interface. Neste contexto, o desafio investigatório foi a mediação entre as possibilidades e os conflitos inerentes ao processo, entre o espaço mercadoria e a apropriação para os diversos usos, entre os interesses privados em contraponto aos da coletividade, enquanto espaço democrático e potencializador de desenvolvimento socioespacial.