Correlação da resposta calórica vestibular com a função coclear na doença de Ménière

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Heinen, Leticia da Rosa
• Orientador(a): Lavinsky, Joel
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Doença de Ménière; Audiometria de tons puros; Tontura; Cóclea; Testes de função vestibular
• Palavras-chave em Inglês: Ménière's disease; Caloric test; Dizziness; Tone audiometry
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/280630

A Doença de Ménière, descrita há mais de 150 anos, é considerada uma alteração metabólica que afeta os níveis de potássio e sódio existentes no labirinto. Tem como principais sintomas vertigem, zumbido e perda auditiva com plenitude aural. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo analisar a correlação dos padrões de respostas das provas calóricas com relação ao envolvimento da função coclear em indivíduos com DM unilateral. A metodologia escolhida foi o estudo transversal observacional, no qual o fator em estudo será a Doença de Ménière, e o desfecho será a avaliação da função cocleovestibular através das provas calóricas do exame de videonistagmografia (VNG) e a média quadritonal da audiometria tonal. Como resultados desta pesquisa, foram incluídos 187 pacientes que preencheram os critérios de inclusão, distribuídos igualmente entre os sexos. Na análise realizada para verificar o comprometimento da orelha afetada verificou-se que 17 indivíduos apresentaram comprometimento apenas vestibular, 56 indivíduos apresentaram comprometimento somente coclear e a maioria, 114 indivíduos, apresentaram um comprometimento cocleovestibular. A frequência dos estágios da DM pela MQT foi de grau I (23,53%), grau II (16,04%), grau III (42,25%) e grau IV (18,18%). Houve uma associação estaticamente significativa (p<0,001) entre orelha afetada com a preponderância labiríntica. Na correlação de Spearman entre a MQT e a preponderância labiríntica verificou-se que existe uma associação com valor de r = 0,326, sendo considerada uma correlação estatisticamente de grau moderado, levando em consideração p<0,01. Assim, concluiu-se que o estudo mostra que, quanto maior a lesão coclear causada pela DM, maior será o comprometimento da função vestibular da orelha afetada.