A voz dos ausentes na terra do nada : a ação cultural como estratégia de religação do homem à natureza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Dalla Zen, Ana Maria
Orientador(a): Milanesi, Luís
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/130015
Resumo: Este trabalho relata uma experiência de construção de um projeto de desenvolvimento sustentado proposto pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul na cidade de São José dos Ausentes, RS. Examina a tese de que a ação cultural é uma estratégia privilegiada para incentivar um sentimento de religação do homem à natureza. Investiga o papel que a universidade desempenha no planejamento de um processo de inclusão social de uma comunidade com forte grau de exclusão social, econômica e cultural. Avalia a eficácia da abordagem interdisciplinar na construção de um projeto de desenvolvimento fundado nos dos conceitos de permacutura, complexidade, sustentabilidade e ecologia social. Analisa o que pensa, o que busca e no que acredita uma comunidade que, embora vivendo dentro de um santuário ecológico do planeta, sobrevive em condições precárias, sem alternativas de futuro e baixa auto-estima. Utiliza a abordagem de pesquisa-participante e se identifica com o modelo pós-estruturalista de ciência, em que a subjetividade dos sujeitos, suas emoções e histórias de vida pessoal têm espaço reservado numa investigação que não pretende ser mais do que ser um recorte da realidade na perspectiva de seus atores, dos meios de comunicação e da autora. Conclui que São José dos Ausentes já apresenta resultados de um processo de mudança para inclusão social, relacionados com a articulação entre seus atores sociais, através da democracia participativa no processo decisório e da parceria com a Universidade, numa experiência interdisciplinar de ensino, pesquisa e extensão. No entanto, a ausência de políticas públicas mais abrangentes, a carência de uma estrutura econômica mais sólida e a própria resistência à mudança entre alguns segmentos, limitam o processo do alcance dos objetivos dessa forma de ação cultural enquanto estratégia de religação do homem à natureza.