A imagem rarefeita : entre o vazio e o infinito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Prates, Katia Maria Kariya
Orientador(a): Goncalves, Flavio Roberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/40408
Resumo: A partir da minha produção de fotografias da série Paredes, este estudo investiga a representação de paredes brancas e relaciona as imagens produzidas com as reflexões dos teóricos contemporâneos de arte Hanneke Grootenboer, sobre fundos de naturezas-mortas da Holanda seiscentista, e Georges Didi-Huberman, sobre a representação de paredes em alguns afrescos de Fra Angelico. As interpretações de ambos apontam como tais imagens de paredes, usualmente encontradas em fundos pictóricos, podem ser consideradas como áreas onde há a ocorrência de algo que excede a representação. A série Paredes propõe a análise de imagens que qualificamos como rarefeitas e neutras com a intenção de verificar se elas apresentam ou evocam algo diverso da cena fotografada, como o vazio proposto por Grootenboer ou o infinito divino sugerido por Didi-Huberman em imagens similares. Ao utilizar o conceito de “neutro” de Roland Barthes, podemos situar essas imagens, por serem representações de superfícies inexpressivas e sem importância, em um campo de oscilação no qual elas não aderem a nenhuma posição fixa quanto à definição de seu conteúdo. A condição de deriva – inerente ao neutro – que as imagens de parede carregam as tornam potências com capacidade de suscitar quaisquer ideias, inclusive opostas e extraordinárias, como as de vazio e de infinito.