Diagnóstico histopatológico da criptococose

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Gazzoni, Alexandra Flávia
Orientador(a): Severo, Luiz Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/15232
Resumo: Freqüentemente, não é possível o isolamento do agente infeccioso em cultivo apropriado, devido à rotina de colocar os fragmentos de tecido em formalina. Isso ocorre porque esse procedimento provoca a morte das estruturas fúngicas, restringindo o diagnóstico aos achados micromorfológicos da histopatologia. Dessa forma, a identificação dos microrganismos aos cortes torna-se um importante meio de avaliação para o estabelecimento do diagnóstico da criptococose. Objetivos: descrever as características histopatológicas da criptococose por meio dos métodos histoquímicos de Hematoxilina-Eosina (H&E), Gomori-Grocott (GMS), Mucicarmim de Mayer, Fontana-Masson (FM) e a técnica Fontana-Masson/Mucicarmim de Mayer (FM/MM), a fim de diferenciar o Cryptococcus, quando da existência de possibilidade da infecção pelo fungo deficiente de cápsula. Métodos: no estudo, foram confeccionadas e analisadas setenta e nove (79) lâminas contendo fragmentos de tecido pulmonar com diagnóstico prévio da criptococose. Foram avaliados os seguintes aspectos: presença de reação tecidual e fagocitose ao H&E; existência de espaço claro indicativo de cápsula e brotamentos no GMS; presença ou ausência de material polissacarídico capsular no MM; evidência de melanina na parede celular fúngica no FM; presença de material polissacarídico capsular e de melanina na parede celular fúngica, simultaneamente ou não no FM/MM. Resultados: na linhagem deficiente de cápsula, o H&E revelou presença de reação tecidual granulomatosa com necrose, células gigantes e fagocitose; na linhagem capsular, ausência de reação inflamatória com a presença de estruturas exibindo halo claro perinuclear. Na linhagem deficiente de cápsula, o GMS detectou a presença de elementos fúngicos corados, na cor negra, e estruturas de tamanho pequeno sem espaço claro circundante, com disposição, ora intracelular, ora extracelular; na linhagem capsular, as leveduras apresentaram espaço claro circundante, indicando a presença de cápsula e brotamentos únicos ou múltiplos com estreita base de crescimento. Na linhagem deficiente, o MM detectou estruturas fúngicas fracamente reativas para cápsula; na linhagem capsular, as leveduras exibiram grande cápsula evidenciou estruturas fúngicas contendo melanina na parede celular. Na linhagem deficiente de cápsula, o FM/MM apresentou elementos fúngicos corados somente pela técnica de Fontana-Masson, evidenciando melanina na parede celular fúngica; não houve simultaneidade com Mucicarmim de Mayer. Na linhagem capsular, pela técnica de Mucicarmim de Mayer, as leveduras apresentaram espessa cápsula polissacarídica de cor magenta, com simultânea evidência de melanina na parede celular fúngica detectada pela técnica de Fontana-Masson. Conclusões: a técnica combinada permitiu a identificação de um maior número de microrganismos do que as técnicas individuais. A criptococose exibe reatividade em vários métodos histoquímicos, incluindo as colorações especiais de Fontana-Masson e de Mucicarmim de Mayer. A utilização dessas colorações, em conjunto, possibilita a identificação laboratorial do Cryptococcus.