Produção científica dos docentes fonoaudiólogos brasileiros : um estudo nas instituições públicas de ensino superior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Brasil, Brunah de Castro
Orientador(a): Teixeira, Maria do Rocio Fontoura
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/204461
Resumo: A prática fonoaudiológica, no Brasil, iniciou em meados do século XX, em uma atuação interdisciplinar com as áreas da Educação, Letras, Psicologia e Medicina. Desde então, o campo científico da Fonoaudiologia passou por diversas estratégias de autonomização, tais como a organização em associações, a abertura de cursos de graduação e a conquista do reconhecimento da profissão. As universidades públicas são a principal fonte de produção científica no país, tema discutido por diversos estudos atualmente, principalmente no que se refere à publicação de artigos científicos. O objetivo da tese foi avaliar a produção científica dos docentes fonoaudiólogos vinculados a cursos de Fonoaudiologia de instituições de ensino superior públicas brasileiras. A metodologia utilizada foi a pesquisa documental e descritiva, com coleta de dados no portal e-MEC, pelo sistema eletrônico do serviço de informação ao cidadão federal e dos estados e pelo currículo dos docentes na Plataforma Lattes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Identificaram-se os cursos de Fonoaudiologia em atividade no país e foram analisadas suas características relacionadas à modalidade oferecida, o quantitativo de cursos, a carga horária mínima e o seu prazo de integralização, localização dos cursos, oferta de vagas e indicadores de qualidade do Ministério da Educação, considerando-se, para todos esses critérios, o tipo de administração da instituição de ensino superior que sedia o curso, isto é, se privada ou pública. Após análise dos 87 cursos de Fonoaudiologia em atividade no país, identificou-se que o ensino nessa área é essencialmente presencial, privado, distribuído pelo país, com 7.044 vagas ofertadas em 2017, porém com baixa ocupação, carga horária mínima maior nas instituições públicas, cumprida entre oito e dez semestres. Os indicadores de qualidade analisados mostraram conceitos satisfatórios, em sua maioria, porém alguns conceitos de desempenho dos estudantes foram insatisfatórios, sem ficar clara uma diferença entre instituições públicas e privadas. Foi analisada, também, a produção científica dos 383 docentes fonoaudiólogos vinculados aos 24 cursos das instituições de ensino superior públicas do Brasil, a partir dos dados extraídos dos currículos, utilizando-se o software Scriplattes. Analisou-se o número de artigos publicados em periódicos, capítulos de livro e livros, no período de 2014 a 2018, as colaborações presentes nas publicações e o perfil de produção dos docentes. No período, foram publicados 2711 artigos científicos, 965 capítulos de livro e 130 livros e, para os três tipos de documento, houve produção em colaboração entre os cursos. Quanto ao perfil de produção, os docentes apresentam uma tendência de divulgar suas pesquisas em língua portuguesa, em periódicos nacionais não indexados a bases de dados internacionais. Como as instituições públicas possuem papel fundamental na produção científica do país, pode-se considerar que os resultados obtidos nesta tese representam a Fonoaudiologia brasileira como um todo. Percebe-se uma necessidade deste campo de melhorar a visibilidade de seus estudos, para que as pesquisas aqui desenvolvidas possam atingir a prática clínica e níveis mais elevados de produção científica.