Efeito da estimulação magnética transcraniana repetida em pacientes com transtorno de personalidade borderline : um estudo piloto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Heidemann, Cintia Vasques Cruz
Orientador(a): Belmonte-de-Abreu, Paulo Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/277104
Resumo: Evidências consistentes sugerem que córtex motor e pré-motor conectam-se a regiões cerebrais pouco inibidas que estão envolvidas com comportamentos impulsivos e com o transtorno de personalidade borderline (TPB), como por exemplo, o córtex dorsolateral pré-frontal (CDLPF), córtex orbitofrontal (COF), córtex insular (CI) e amígdalas. Postulamos que os efeitos inibitórios da estimulação magnética transcraniana repetida de baixa frequência (EMTr) sobre a área motora suplementar (SMA, do inglês supplementary motor area) de pacientes com TPB, poderiam diminuir a excitabilidade cortical e subcortical das regiões hipoinibidas associadas à impulsividade, levando consequentemente a uma diminuição do comportamento impulsivo. Oito pacientes foram submetidos a 20 sessões de EMTr, com frequência de 1Hz, 100% do limiar motor de repouso (LM), durante 20 minutos, sem intervalos. Finalizada a intervenção, observou-se redução dos escores iniciais de impulsividade (BIS-11), aumento da qualidade de vida (WHOQOL-brief) e melhora da impressão clínica global (CGI) de maneira estatisticamente significativa. Os sintomas de melhora foram correlacionados com um aumento do LM à direita. Os resultados persistiram ao longo de um mês de seguimento. A EMTr de baixa frequência sobre a SMA resultou em melhora significativa da impulsividade e qualidade de vida em pacientes com TPB, possivelmente devido à diminuição da excitabilidade cortical em hemisfério direito.