Emprego da amitriptilina em relação ao estriol sistêmico no controle da incontinência urinária pós-ovariohisterctomia em cadelas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Jesus, Luciana de
Orientador(a): Pöppl, Alan Gomes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/231288
Resumo: A incontinência urinária (IU) decorrente da incompetência do mecanismo do esfíncter uretral (IMEU) é uma complicação que pode acometer até 20% das cadelas submetidas à cirurgia de castração. Condições multifatoriais como baixas concentrações de estrógenos, altos níveis de LH e FSH, alterações na proporção de colágenos e outros componentes do trato urinário tem sido pesquisados e apontados como possíveis causas da afecção. Os tratamentos disponíveis apresentam diferentes mecanismos de ação, com eficácia e efeitos colaterais distintos. O objetivo deste trabalho foi comparar o desempenho e segurança da amitriptilina em relação ao tratamento com estriol por via oral, considerado o fármaco de eleição no tratamento da IU por IMEU, e também avaliar clínica e laboratorialmente cadelas castradas incontinentes atendidas no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (HCV/UFRGS) no período de dois meses. Para isto, foram avaliadas 15 cadelas com diagnóstico clínico de IU pós-castração, durante um período de 60 dias em um ensaio clínico randomizado não-cego. Todos os pacientes foram incluídos no estudo após uma avaliação clínica composta de anamnese, exame físico, e exames complementes (hemograma, bioquímica sérica, urinálise e ultrassonografia abdominal). O grupo amitriptilina (AMT) foi composto de oito cadelas, as quais receberam a dose inicial de 1 mg/kg a cada 12 horas, ao passo que o grupo estriol (EST) foi composto por sete pacientes tratadas inicialmente com a dose de 1 mg/animal a cada 24 horas. As pacientes foram reavaliadas clinicamente após 7 dias, e posteriormente aos 21 e 60 dias de tratamento (exame clínico, hemograma e bioquímica sérica) para avaliação da segurança, eficácia e eventuais ajustes de dose. Uma escala de grau de incontinência urinária foi utilizada para avaliar a resposta terapêutica. Tanto a amitriptilina como o estriol foram eficazes em controlar os sinais clínicos da IU com poucos ou nenhum efeito adverso, com redução significativa do escore de IU das cadelas avaliadas. Durante o período observado, o estriol apresentou uma eficácia plena de 71,4% e a amitriptilina, de 62,5%. Ambas as medicações demonstraram segurança no tratamento medicamentoso da IMEU, com sinais adversos tais quais sonolência (AMT, n = 5) e atração de machos (EST, n = 1). A amitriptilina apresentou resultados que suportam sua indicação no tratamento da IMEU em substituição ao estriol.