Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Honatel, Karol Ferreira |
Orientador(a): |
Arbo, Marcelo Dutra |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/254262
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Resumo: |
Agrotóxicos são amplamente utilizados em atividades agropecuárias e em ambientes urbanos, levando ao aumento da exposição humana. Como o sistema nervoso é o alvo da maioria dos inseticidas, investigamos os efeitos da exposição a agrotóxicos nas habilidades de memória e aprendizagem. Foram revisados os artigos publicados na base de dados PubMed entre 2015 e 2021. N= 105 artigos foram incluídos (N= 91 estudos pré-clínicos e N= 14 estudos humanos). De forma geral, foram encontradas evidências de que a exposição a agrotóxicos pode estar associada ao comprometimento cognitivo. O imidacloprido e o tiametoxam são inseticidas neonicotinóides de primeira e segunda geração empregados em todo o mundo para proteção de cultivos. O modo de ação dos neonicotinóides ocorre através do agonismo dos receptores nicotínicos de acetilcolina pós-sinápticos (nAChRs). A exposição humana é elevada devido ao uso generalizado dos neonicotinóides e seu acúmulo sistêmico nos alimentos. Portanto, o último objetivo deste trabalho foi estudar a neurotoxicidade in vitro de formulações comerciais de imidacloprido (Much 600 FS® e Evidence 700 WG®) e tiametoxam (Actara 250 WG®) utilizando células de neuroblastoma humano SH-SY5Y diferenciadas. A citotoxicidade foi avaliada após 96 h de incubação através dos ensaios de redução do MTT e incorporação do VN. A produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) e nitrogênio (ERN), o potencial de membrana mitocondrial, a expressão da proteína pró-apoptótica Bax e o modo de morte celular também foram avaliados. Em relação à citotoxicidade, os valores de EC50 encontrados foram 266,4, 653,2, 4175 mg/L para Much®, Actara® e Evidence®, respectivamente. Todos os inseticidas elevaram a produção de ERO e ERN, enquanto nenhuma alteração no potencial de membrana mitocondrial ou na expressão de Bax foi observada após 96 h de incubação. A investigação do modo de morte celular revelou um aumento de células apoptóticas precoces. Entre os produtos testados, Much® foi o mais citotóxico. No geral, os neonicotinóides mostraram-se potencialmente neurotóxicos, apoiando as preocupações sobre os riscos associados à exposição humana a esses inseticidas. |