Obtenção de cepas multirresistentes de Candida glabrata através de indução de resistência à anidulafungina em células planctônicas e de biofilme

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Hatwig, Camila
Orientador(a): Fuentefria, Alexandre Meneghello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/164713
Resumo: Candida glabrata, geralmente comensal, surgiu como uma causa comum de infecções fúngicas graves com risco de morte. Dada a resistência crescente aos azóis, a orientação recente é utilizar as equinocandinas como a primeira escolha para o tratamento de infecções sistêmicas por C. glabrata. No entanto, esta é a primeira espécie de Candida que foi detectada com resistência significativa às equinocandinas. Esta levedura é capaz de colonizar tecidos do hospedeiro, bem como superfícies abióticas (catéteres, próteses) onde desenvolve um crescimento em multicamadas caracterizado como biofilme. A natureza da estrutura do biofilme e os atributos fisiológicos a ele conferidos resultam em uma resistência inerente a agentes antimicrobianos, impactando negativamente na saúde do paciente. Este estudo teve como objetivo a indução in vitro de resistência à anidulafungina em células planctônicas e sésseis de sete cepas sensíveis de C. glabrata, além da verificação do desenvolvimento de resistência cruzada com fluconazol. A indução de resistência foi realizada submetendo as cepas a concentrações sub-inibitórias do antifúngico. A determinação de concentração inibitória mínima através de microdiluição em caldo foi realizada previamente e posteriormente à indução de resistência e, também, para a verificação de resistência cruzada com fluconazol. O método de indução de resistência resultou em cepas fortemente resistentes à anidulafungina, com concentrações inibitórias mínimas variando de 1 a 2 μg/mL. Antes da indução da resistência, as formas planctônica e séssil das cepas eram todas sensíveis ou sensíveis dose-dependente ao fluconazol. Após a indução de resistência à anidulafungina esta sensibilidade ao fluconazol não foi mantida, tornando as cepas resistentes a este antifúngico. Clinicamente, esta resistência cruzada poderia implicar em falha terapêutica ao utilizar o fluconazol em pacientes previamente expostos a concentrações sub-inibitórias de anidulafungina por longos períodos.