Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Zaghlout, Nabila Campregher |
Orientador(a): |
Barcellos, David Emilio Santos Neves de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/263281
|
Resumo: |
Lesões de pleura são comumente encontradas em monitorias de abatedouro-frigorífico, dado que a resolução dessas lesões pode levar pelo menos três meses e muitas vezes o processo não se conclui antes do abate. Por isso, avaliações de lesões pulmonares em abatedouro-frigorífico são ferramentas úteis pois pleurites são causa de condenações e geram grandes perdas econômicas. Pouco se sabe acerca da relação entre a prevalência e caracterização de lesões macroscópicas de pleurites em abate e os principais fatores para a ocorrência dessas lesões no Brasil. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi identificar os efeitos de fatores relacionados a práticas de manejo, ambiência e estrutura presentes em diferentes granjas de creche e terminação de suínos na região sul do Brasil sob a ocorrência de pleurisias ao abate. Cento e cinquenta e nove granjas foram acompanhadas ao abate após aplicação de um “checklist” e descrição de problemas respiratórios existentes para cada lote monitorado, além de características dos leitões alojados nas fases de creche e terminação. A análise macroscópica ao abate foi realizada em todos os animais de cada lote cujas pleurites fossem identificadas e desviadas na linha de inspeção do Departamento de Inspeção Federal (DIF) para exame visual mais detalhado. As lesões nas pleuras e na parede torácica contígua às mesmas foram avaliadas e classificadas quanto ao tipo de exsudato, à localização e extensão. Foram colhidas subamostras de suabes de pleura e fragmento de pulmões para exames histopatológicos e moleculares de cada lote de animais. Os achados macroscópicos e histológicos comprovam lesões crônicas em mais de 82,9% das amostras. Nos resultados, fatores associados ao ambiente de criação dos suínos, como tipo de piso, qualidade de cortinas, número de animais por prédio, nebulização, limpeza e desinfecção e tipo de ventilação, não foram significativos em relação à pleurites (p>0,10). As variáveis que mostraram significância no presente estudo epidemiológico, a maior prevalência de pleurites no abate foi associada a fatores relacionados aos estágios iniciais de produção (creches), indicando que a avaliação de risco não deve se limitar às terminações. Neste estudo, sugere-se que pleurites ao abate têm associação principalmente em estágios iniciais de produção, indicando que essas lesões podem ter a gravidade subestimada nesses estágios e com isso despertar atenção somente nas condenações de abatedouro-frigorífico, e que a avaliação macroscópica da pleurite poderia ser um bom método para classificar as lesões crônicas encontradas (80%) na linha de abate. Além disso, manejos básicos relacionados à saúde, qualidade da água e mistura animal em creches e terminações são associadas à ocorrência e maior prevalência de pleurites no abate. |